0 A Criada Zerlina | Opinião
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3 estrelas,
Hermann Broch,
Opinião,
Romance
Autor: Hermann Broch
Editor: Difel (2002)
Género: Romance
Páginas: 72
Original: Die Erzählung der Magd Zerline (1949)
opinião
★★★☆☆
★★★☆☆
Sem aviso - e tampouco sem motivo - Zerlina, a criada, começa a contar-nos a história da sua patroa, a baronesa, expondo, sem qualquer escrúpulo, os segredos da família.
Esta acaba por se revelar uma história de desejo, amor e vingança da qual acaba por resultar uma filha ilegítima e na qual Zerlina tem também um papel importante a desempenhar… daí que Zerlina partilhe a narrativa do seu próprio passado, insistindo numa descrição (demasiado) detalhada e algo gráfica da sua vida sexual. A criada conta-nos como lhe mete nojo a relação entre a baronesa e o seu amante, mas demonstra simultaneamente algum azedume por nunca ter tido uma verdadeira chance no amor.
Com apenas 68 páginas, A Criada Zerlina é uma leitura rápida e simples que, embora interessante e agradável, não me impressionou.
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Esta acaba por se revelar uma história de desejo, amor e vingança da qual acaba por resultar uma filha ilegítima e na qual Zerlina tem também um papel importante a desempenhar… daí que Zerlina partilhe a narrativa do seu próprio passado, insistindo numa descrição (demasiado) detalhada e algo gráfica da sua vida sexual. A criada conta-nos como lhe mete nojo a relação entre a baronesa e o seu amante, mas demonstra simultaneamente algum azedume por nunca ter tido uma verdadeira chance no amor.
Com apenas 68 páginas, A Criada Zerlina é uma leitura rápida e simples que, embora interessante e agradável, não me impressionou.
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frases preferidas
ISBN: 9789722905817
«o não poder e sempre desejar, o maldito poder onde reside a fraqueza» - 20
«é preciso força para o prazer; por mais baixo que seja o seu preço é preciso a força de um carácter, e os piores são aqueles que, por pura fraqueza ou por pura incapacidade de desejo, querem negar o seu baixo preço. São estes que gostariam que a carne tivesse um preço inacessível, são estes que valem muito pouco… fingidos… hipócritas… esses mentirosos por finura, mentirosos por incapacidade,… Todos eles, aqueles que tentam calar o desejo com todo o chorrilho sentimental porque não o acham suficientemente digno para o espírito, e ainda mais porque não sabem rigorosamente nada do prazer e julgam que o podem atrair e reter com esse chorrilho sentimental.» - 23
«quando o desejo já se foi e se esperneia na cama só por amor, então as coisas já não vão bem.» - 25
«O esquecimento transporta o inesquecível nas suas mãos vazias, e nós somos transportados pelo inesquecível. Nós alimentamos o tempo, alimentamos a morte com tudo o que foi esquecido» - 28
«O inesquecível é um pedaço do futuro, um pedaço do intemporal com que fomos presenteados antecipadamente, que nos transporta e suaviza a nossa queda nas trevas como se fosse um deslizar» - 28
«Os fracos são quase sempre uns calculistas.» - 30
«O pudor é como uma roupa.» - 43
«A nossa responsabilidade, tal como a nossa maldade, é sempre muito maior que nós próprios.» - 64
«o não poder e sempre desejar, o maldito poder onde reside a fraqueza» - 20
«é preciso força para o prazer; por mais baixo que seja o seu preço é preciso a força de um carácter, e os piores são aqueles que, por pura fraqueza ou por pura incapacidade de desejo, querem negar o seu baixo preço. São estes que gostariam que a carne tivesse um preço inacessível, são estes que valem muito pouco… fingidos… hipócritas… esses mentirosos por finura, mentirosos por incapacidade,… Todos eles, aqueles que tentam calar o desejo com todo o chorrilho sentimental porque não o acham suficientemente digno para o espírito, e ainda mais porque não sabem rigorosamente nada do prazer e julgam que o podem atrair e reter com esse chorrilho sentimental.» - 23
«quando o desejo já se foi e se esperneia na cama só por amor, então as coisas já não vão bem.» - 25
«O esquecimento transporta o inesquecível nas suas mãos vazias, e nós somos transportados pelo inesquecível. Nós alimentamos o tempo, alimentamos a morte com tudo o que foi esquecido» - 28
«O inesquecível é um pedaço do futuro, um pedaço do intemporal com que fomos presenteados antecipadamente, que nos transporta e suaviza a nossa queda nas trevas como se fosse um deslizar» - 28
«Os fracos são quase sempre uns calculistas.» - 30
«O pudor é como uma roupa.» - 43
«A nossa responsabilidade, tal como a nossa maldade, é sempre muito maior que nós próprios.» - 64
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