2 A Filha do Papa + Opinião
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Luís Miguel Rocha
Quando Niklas, um jovem padre, é raptado, ninguém imagina que esse acontecimento é apenas o início de uma grande conspiração que tem como objetivo acabar com um dos segredos mais bem guardados do Vaticano - a filha do Papa Pio XII.
Rafael, um agente da Santa Sé fiel à sua Igreja e à sua fé, tem como missão descobrir quem se esconde por detrás de todos os crimes que se sucedem e evitar a todo o custo que algo aconteça à filha do Papa.
Conseguirá Rafael ser uma vez mais bem-sucedido? Ou desta vez a Igreja Católica não será poupada?
Autor: Luís Miguel Rocha
Editor: Porto Editora (Março, 2013)
Género: Ficção
Páginas: 432
«Tanto secretismo. Tantas intrigas escondidas em fundos falsos com objectivos próprios e motivos insondáveis. Tanta maldade em nome de Deus.»
Apesar de ter gostado mais de «A Mentira Sagrada», penso que o autor, Luís Miguel Rocha, cumpriu com sucesso os objectivos em «A Filha do Papa». O início, apesar de confuso e de introduzir de forma repentina um elevado número de personagens, é suficientemente intrigante para nos fazer prosseguir com a leitura até que as peças comecem a encaixar.
Com um óptimo trabalho de descrição, bastante cinematográfico até, o autor volta a trazer-nos a editora política internacional do Times, Sarah, que se vê mais uma vez arrastada para o meio dos "problemas" do Vaticano, quando o seu amigo e reputado jornalista do New York Times, John Scott, surge com informações comprometedoras sobre o IOR, o banco do Vaticano e apela ao auxílio de Sarah.
Paralelamente, uma conspiração começa a ganhar forma através do assassínio de vários elementos da Igreja Católica… e cabe a ao padre Rafel, mais uma vez, descobrir e neutralizar os malfeitores.
No cerne desta conspiração está a identidade d'«A Filha do Papa» Pio XII e de Pasqualina, uma das mulheres mais poderosas do Vaticano. «Três gerações sofridas, avó, mãe e filha, famílias postiças que acobertavam os frutos do pecado, se é que o eram aos olhos do bom Deus.»
E se este é o cerne, podemos encontrar de um lado figuras interessadas na divulgação da identidade da filha e da neta do Papa…e do outro lado indivíduos interessados em ocultar tanto as identidades como as próprias existências de tais pessoas: «No Vaticano sempre tinham sido profícuos a varrer para debaixo do tapete as inconveniências.».
Infelizmente, a partir do meio o livro perdeu um bocadinho a sua cadência, acabando a evolução da história por se arrastar morosamente e o desfecho por ser protelado. MAS o final é compensação mais do que suficiente para esta «falha».
«A Mentira Sagrada» é obviamente fruto de uma fantástica e, calculo eu, extensa e exaustiva investigação; mas é precisamente a partilha detalhada de informação que torna este livro rico em conteúdo e sedutoramente denunciador…«Os pormenores. Sempre eles a fazerem a diferença.».
Frases Preferidas:
«Nada é mais corrosivo que uma dúvida.»
«Por vezes pensava que decerto algum ser, algures no universo, puxava cordelinhos invisíveis que faziam aparecer as pessoas certas às desorientadas, e durante o tempo necessário para fazer a diferença.»
«Nicholas Sparks faz chorar, não faz sonhar.»
«Um objectivo sem um plano não passava de um desejo»
«Os dias sucedem-se uns aos outros numa cadência repetitiva que transforma o segundo em minuto, hora, dia, semana, mês ano, depois tudo se repete, os invernos, os natais, os verões, uma renovação permanente numa sucessão incessável.»
«Sabia que um vício era uma fraqueza, e que uma paixão era a morte.»
«Mas quando nos lembramos de que somos todos loucos, os mistérios desaparecem e a vida torna-se simples.»
«Se pudesse leria tudo o que já fora escrito pelos homens. Lia para poder viver.»
«As estranhas linhas tortuosas da vida haviam originado um emaranhado incontrolável.»
«Um homem é os problemas que cria e fomenta.»
«O tempo era muito relativo. Lento para aqueles que esperavam, rápido para aqueles que tinham medo, longo para aqueles que sofriam, curto para aqueles que celebravam.»
«Quando os homens já não crêem em Deus, isso não se deve ao facto de já não acreditarem em mais nada, mas sim ao facto de acreditarem em tudo.»
«Quando se vive o que eu vivi e se testemunha o que eu testemunhei, só se pode concluir que Deus não existe ou está de férias.»
«O sexo frágil sempre foi muito mais forte do que aparentava, e o sexo sempre teve um poder descomunal.»
«O presente nunca deixava o passado afastar-se, trazia-o sempre na peugada, denunciado pelas memórias.»
«O tempo comanda quem dele depende.»View all my reviews
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Porqué só agora esta divulgação?
ResponderExcluirNão estou certa de ter compreendido correctamente a sua questao, mas "A Filha do Papa" é o mais recente trabalho de Luís Miguel Rocha, publicado na semana passada, a 11 de Março. Este post de divulgação data de dia 25 de Fevereiro..
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