Sem querer desprezar a sua importância literária, não gostei nem um bocadinho deste livro… Valeu a pena a leitura apenas pela noção que nos oferece sobre a hipocrisia beata e o pavoroso preconceito/racismo do século XVIII.

 Contrariando a ideia que o resumo da história nos pode dar - afinal de contas estamos a falar de um náufrago que é obrigado a sobreviver mais de 20 anos sozinho numa ilha deserta - As Aventuras de Robinson Crusoe são para lá de enfadonhas. Parte deste aborrecimento vem da necessidade que Crusue parece ter de nos descrever ao pormenor toda e qualquer tarefa que levou a cabo na ilha. 

Como se não bastasse, não simpatizei com o protagonista. De pouca complexidade emocional, ficamos com a sensação que esta terrível provação por que Crusue passa não tem sequer verdadeiros efeitos negativos na sua pessoa seja a que nível for.