0 Delírio Total | Opinião
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3 estrelas,
Norman Ohler,
Opinião
Uma investigação meticulosa que expõe uma perspetiva surpreendente da Segunda Guerra Mundial: a elevada dependência de drogas da Alemanha nazi.
O regime nazi pregava uma ideologia de pureza física, mental e moral. Mas, como Norman Ohler revela nesta envolvente história baseada em fontes até agora inéditas, o Terceiro Reich estava saturado de drogas: cocaína, opiáceos e, sobretudo, metanfetaminas, usadas por toda a gente — de operários fabris a donas de casa — e vitais para a resistência das tropas, explicando, em parte, o rápido avanço e a vitória alemã em 1940.
O uso promíscuo de drogas, inclusive ao mais alto nível, também afetou a tomada de decisões, com Hitler e o seu séquito a refugiarem-se em cocktails de estimulantes potencialmente letais, administrados pelo médico Theo Morell, incapazes de reverter o curso da guerra, que se virava contra a Alemanha.
Embora as drogas por si só não possam explicar as tóxicas teorias raciais dos nazis ou os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, esta descoberta leva-nos a ver os crimes de guerra cometidos contra a humanidade a uma nova luz. Delírio Total é, assim, uma peça crucial para entendermos a História mundial.
Editor: Vogais (2017)
Género: História
Páginas: 320
Original: Der totale Rausch: Drogen im Dritten Reich (2015)
opinião
★★★☆☆
Embora tenha achado Delírio Total muito interessante, são frases como a anterior que me deixam de pé atrás em relação a este livro, às suas intenções e substância. Nem sempre é explícito, em relação a algumas conclusões que o autor partilha, se se tratam de factos verificados ou meras alegações/interpretações… e algumas delas parecem bastante forçadas.
Ohler mostra-nos como o consumo de drogas no Estado nacional-socialista se tornou sistemático e como este consumo foi, simultaneamente, sintoma e origem de graves consequências - bem como uma oposição completa ao que o regime nazi, tão cinicamente, doutrinava. O escritor começa por abordar o consumo de drogas generalizado pela sociedade, focando-se depois no consumo das mesmas pela classe militar, focando o consequente aumento de resistência das tropas, e, por fim, pelo próprio Hitler, influenciando a tomada de decisões.
Conforme a exposição de Ohler, é perturbadora a quantidade e também a variedade de drogas consumidas por Adolf Hitler, tal como as repercussões no seu estado de saúde físico e mental. De qualquer forma, nenhuma informação sobre Hitler existente neste livro pode diminuir a sua monstruosa culpa.
★★★☆☆
«A Alemanha, país das drogas, da fuga à realidade e das dores do mundo, procurara o junkie perfeito. E encontrara-o, no seu momento mais sombrio, em Adolf Hitler.»
Embora tenha achado Delírio Total muito interessante, são frases como a anterior que me deixam de pé atrás em relação a este livro, às suas intenções e substância. Nem sempre é explícito, em relação a algumas conclusões que o autor partilha, se se tratam de factos verificados ou meras alegações/interpretações… e algumas delas parecem bastante forçadas.
Ohler mostra-nos como o consumo de drogas no Estado nacional-socialista se tornou sistemático e como este consumo foi, simultaneamente, sintoma e origem de graves consequências - bem como uma oposição completa ao que o regime nazi, tão cinicamente, doutrinava. O escritor começa por abordar o consumo de drogas generalizado pela sociedade, focando-se depois no consumo das mesmas pela classe militar, focando o consequente aumento de resistência das tropas, e, por fim, pelo próprio Hitler, influenciando a tomada de decisões.
Conforme a exposição de Ohler, é perturbadora a quantidade e também a variedade de drogas consumidas por Adolf Hitler, tal como as repercussões no seu estado de saúde físico e mental. De qualquer forma, nenhuma informação sobre Hitler existente neste livro pode diminuir a sua monstruosa culpa.
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