0 Os Cento e Vinte Dias de Sodoma + Opinião
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3 estrelas,
Marquês de Sade
Autor: Marquês de Sade
Género: Literatura Erótica
Páginas: 576
Original: Les 120 journées de Sodome, ou l'École du libertinage (1785) [Goodreads]
Pedofilia, violação , incesto, tortura, sodomia, coprofilia, coprofagia, emetofilia, zoofilia, necrofilia e coisas para as quais nem conheço nome; em «Cento e Vinte Dias de Sodoma» Marquês de Sade dedicou-se a descrever, de forma horrorosa e à qual é impossível ficar indiferente, os mais terríveis comportamentos sexuais parafílicos.
Este livro reúne provavelmente o grupo de personagens mais vis e nojentas da literatura; crimes de toda a espécie e desvios comportamentais são abordados filosoficamente por quatro amigos de elevada condição social servindo-se de teorias distorcidas que servem de justificação para os seus actos.
Assim, todo o livro é uma horrorosa provocação sobre o comportamento humano quando este não conhece barreiras... E não só o conteúdo é para lá de obsceno como o próprio narrador recorreu a uma linguagem a condizer.
Satisfiz finalmente a minha curiosidade sobre este livro, embora a sua leitura não me tenha proporcionado um único momento de paz e bem-estar, bem pelo contrário. Estou também desconfiada que, caso o Marquês de Sade tivesse tido em conta o ponto de vista das vítimas, não conseguiria terminar este livro e, depois de ver o que o escritor se preparava para descrever, fico até aliviada que não tenha acabado de o escrever.
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opinião
(3 em 5)



«aconselho todos os devotos a porem este livro de parte, se não querem ficar escandalizados, pois vêem bem que o plano é pouco casto e desde já lhes podemos afirmar que a sua execução o é ainda menos.» (p. 42)
Pedofilia, violação , incesto, tortura, sodomia, coprofilia, coprofagia, emetofilia, zoofilia, necrofilia e coisas para as quais nem conheço nome; em «Cento e Vinte Dias de Sodoma» Marquês de Sade dedicou-se a descrever, de forma horrorosa e à qual é impossível ficar indiferente, os mais terríveis comportamentos sexuais parafílicos.
Este livro reúne provavelmente o grupo de personagens mais vis e nojentas da literatura; crimes de toda a espécie e desvios comportamentais são abordados filosoficamente por quatro amigos de elevada condição social servindo-se de teorias distorcidas que servem de justificação para os seus actos.
Assim, todo o livro é uma horrorosa provocação sobre o comportamento humano quando este não conhece barreiras... E não só o conteúdo é para lá de obsceno como o próprio narrador recorreu a uma linguagem a condizer.
Satisfiz finalmente a minha curiosidade sobre este livro, embora a sua leitura não me tenha proporcionado um único momento de paz e bem-estar, bem pelo contrário. Estou também desconfiada que, caso o Marquês de Sade tivesse tido em conta o ponto de vista das vítimas, não conseguiria terminar este livro e, depois de ver o que o escritor se preparava para descrever, fico até aliviada que não tenha acabado de o escrever.
«Pensa que há-de agradar a outros e sê filósofo» (p. 84)
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✏ Escritor francês (1740-1814), a sua obra só viria a ser revalorizada no início do século, com Apollinaire e os surrealistas. Em Sade, o Surrealismo descobriu o reivindicador de uma liberdade total face à sociedade. De salientar os romances Cent Vingt Journées de Sodome (Cento e Vinte Dias de Sodoma, 1782-1785), Justine ou les Malheurs de la vertue (Justina ou as Infelicidades da Virtude, 1791), Philosophie dans le Boudoir (1795) e L'Histoire de Juliette et sa sœur (1797), em que às cenas de libertinagem se assimila uma peculiar forma de reflexão filosófica.
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