0 O Senhor dos Anéis + Opinião
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5 estrelas,
J. R. R. Tolkien,
Literatura Fantástica
A
Irmandade do Anel
O Senhor dos Anéis #1
Em
apreciação crítica à obra de Tolkien cuja edição portuguesa
apresentamos, o Sunday
Times escrevia
que o mundo da língua inglesa se encontra dividido
em duas partes: a daqueles que já leram O
Senhor dos Anéis e
aquelas que o vão ler.
Não
se enganava o crítico ao indicar assim que estamos perante uma obra de
leitura obrigatória, que, sem qualquer sombra de exagero, se insere
entre as mais notáveis criações literárias do nosso século. Situando-se
na linha de criação fantástica em que a literatura inglesa é fértil
(lembramos Jonathan Swift com As
Viagens de Gulliver,
lembramos Lewis Carrol com a sua Alice
nos País das Maravilhas),
Tolkien oferece-nos uma obra verdadeiramente monumental, onde todo o
mundo é criado de raiz, uma nova cosmogonia arquitectada por inteiro,
uma irrupção de maravilhoso que é admirável jogo de criação pura. O
sopro genial que perpassa na elaboração deste maravilhoso, traduzido
sobretudo no realismo da narração, deixa no leitor o desejo
irresistível de conhecer "esse" mundo que, como crianças, chegamos a
acreditar que existe.
Editor: Europa-América (1997)
Género: Fantástico
Páginas: 468
Original: The Fellowship of the Rings [Goodreads]
Opinião
★★★★★
★★★★★
The Fellowship of the Ring by J.R.R. Tolkien
My rating: 5 of 5 stars
My rating: 5 of 5 stars
Não há, objectivamente, nada que possa acrescentar sobre um fenómeno desta envergadura. Posso apenas partilhar a extraordinária e electrizante experiência que foi ler este livro, bem como a vibrante sensação que me percorre sempre que recordo que existem ainda mais dois para mitigar a minha avidez.
Sabia de antemão, porque já li O Hobbit, que Tolkien tinha construído um mundo magicamente detalhado e que o tinha loteado com personagens magníficas, mas quando finalmente comecei a compreender a verdadeira complexidade e extensão daquilo que criou senti-me, no mínimo, assoberbada. Há autores capazes de excelentes trabalhos de interpretação da vida e do quotidiano, que descrevem a perceção de sentimentos de forma tão racional que nos alvoroçam por dentro e mudam a nossa forma de pensar para sempre... mas Tolkien com o seu estilo muito próprio e a sua extravagante Terra Média, num género literário muitas vezes menosprezado, fez um trabalho de igual importância, de soberba originalidade e de uma qualidade excepcional.
Esta é uma aventura no verdadeiro sentido do substantivo - uma deliciosa escapatória à realidade! Em benefício deste maravilhamento com o desconhecido e o imprevisto, no prefácio da segunda edição Tolkien nega de forma veemente a existência de quaisquer alegorias - o que, para mim, resultou numa leitura imensamente mais prazerosa já que me permitiu relaxar completamente sem andar à procura dos muito interessantes mas igualmente cansativos segundos sentidos e ler o livro por aquilo que ele é, divertir-me com a conceção de um mundo sem as limitações do nosso, namoriscar com as vastíssimas possibilidades do imaginário.
Ainda, apesar da 'idade' que esta narrativa já tem, surpreendeu-me, no início, que tal não se manifestasse de forma alguma na leitura… Mas claro, aqui não há passado nem futuro, não há antiquado e moderno - há Tolkien e tudo aquilo que ele criou.
Frases Preferidas:
"Faithless is he that says farewell when the road darkens"
"(...) for advice is a dangerous gift, even from the wise to the wise, and all courses may run ill."
"Courage is found in unlikely places."
As Duas Torres
O Senhor dos Anéis #2
Do anterior volume desta trilogia, A Irmandade do anel, o leitor travou conhecimento com alguns estranhos e simpáticos personagens que povoam o mundo que Tolkien construiu: Frodo, Gandalf, Pippin, Aragorn, Boromir, para citar apenas alguns.
Através deles ficou também a conhecer algumas espécies bizarras a viver em terras imaginárias: os hobbits, os orcs, os elfos, os anões. E Acompanhou certamente todas as peripécias que se passaram à volta do misterioso anel que Frodo era possuidor. Os perigos por que passaram para subtrair o anel às mãos cobiçosas dos inimigos, os trabalhos em que se viram envolvidos para conseguir o seu intento culminaram com a fuga e o desaparecimento de Frodo e a dispersão dos seus companheiros.
Esta segunda parte, As Duas torres, conta o que aconteceu a cada um dos membros da Irmandade do Anel, depois de o grupo se ter desfeito e até o advento da Grande Escuridão e à eclosão da Guerra do anel, que será contada na terceira e última parte.
Opinião
★★★★★
Costumo ser um bocadinho obtusa
em relação à literatura fantástica; mantenho-me hesitantemente à margem da
narrativa, a avaliar hipocritamente tudo o que é irreal. Admito que tenho muita
dificuldade em render-me e parar de me comportar como uma cinicazinha idiota
durante uma leitura deste género. Mas não com Tolkien - nem sequer hesito,
mergulho de cabeça e sei que vou adorar cada minuto.
Em relação ao segundo livro da
trilogia O Senhor dos Anéis, não tenho grande coisa a acrescentar ao que disse
antes sobre o trabalho de Tolkien: são obras
de arte em papel.
Frodo está ausente durante cerca
de metade deste livro e os acontecimentos são, de certo modo, menos apelativos
do que os do livro anterior mas não consigo dar menos de 5 estrelas a este
nível de genialidade tanto em termos de conceito criativo como da própria
escrita.
…E o melhor é que apesar de todas
as suas (fantásticas) descrições sobre tudo o que existe em Middle Earth,
Tolkien deixou ainda um espacinho para podermos dar asas à nossa imaginação,
acrescentando e interpretando de acordo com os nossos próprios caprichos.
«'Maybe there is no right choice,' said Gimli.» (p. 541)
«Yet do not cast all hope away. Tomorrow is unknown.» (p. 558)
«There are some things that is better to begin than to refuse, even though the end may be dark.» (p. 573)
«For I was talking aloud to myself. A habit of the old: they choose the wisest person present to speak to» (p. 647)
«For he that strikes the first blow, if he strikes it hard enough, may need to strike no more.» (p. 648)
«Hope is not victory» (p. 652)
«Who knows? Have patience. Go where you must go, and hope!» (p. 653)
«If we fail, we fall. If we succeed - then we will face the next task.» (p. 676)
«Men need many words before deeds.» (p. 684)
«Nay, the guest who has escaped from the roof, will think twice before he comes back in by the door.» (p. 759)
«The treacherous are ever distrustful.» (p. 760)
«Strange are the turns of fortune! Often does hatred hurt itself!» (p. 763)
«Even the wise cannot see all ends.» (p. 803)
«Don't go where I can't follow!» (p. 955)
O Regresso do Rei
O Senhor dos Anéis #3
Assistimos, na primeira parte, à descoberta do poder do anel detido por Frodo, o hobbit, como Um Anel que domina todos os Anéis do Poder. Perseguidos pelo Cavaleiro Negro de Mordor, Frodo e os companheiros passam inumeráveis peripécias na tentativa de salvarem, a todo o custo, o anel e até decidirem separar-se.
Na segunda parte, As Duas Torres, são-nos descritas as aventuras de cada um dos membros do grupo depois de se terem separado. Surgem os Cavaleiros de Rohan, comandados por Éomer, que cercam os orcs e os destroem. Frodo, que desaparecera, regressa entretanto, mas, depois de grandes aventuras, é picado por Shelob, monstruosa guardiã de um desfiladeiro por onde ele pretendia passar, acompanhado de Samwise.
Frodo jaz adormecido e o seu corpo é levado pelos orcs.
Esta terceira parte, O Regresso do Rei, trata das tragédias opostas de Gandalf e Sauron, até ao fim da grande escuridão, que concluirá esta fantástica viagem pelo estranho mundo criado pela vivíssima imaginação de Tolkien.
Autor: J. R. R. Tolkien
Género: Fantástico
Páginas: 452
Original: The Return of the King [Goodreads]
O Regresso do Rei termina aquele que será um dos mais magníficos trabalhos de literatura fantástica. Enquanto Merry, Pippin, Aragorn e Legolas combatem o exército de Mordor, Sam e Frodo continuam a missão de destruir o anel, cada vez mais influente sobre Frodo.
Cheio de acção, este terceiro livro foi, para mim, o menos envolvente e mais cansativo dos três - especialmente a primeira parte. Não quer isto dizer que O Regresso do Rei não é um livro maravilhoso que narra uma das aventuras mais fantásticas de sempre, com tudo o que poderíamos desejar...e mais ainda.
Gostei muito de ver finalmente as personagens seguirem o seu caminho, o restabelecimento do Shire e o início de uma nova Era em Middle Earth. No meio de tanta fantasia e magia, encontramos o verdadeiro sentido de amizade/lealdade e descobrimos que a coragem pode habitar nos corações mais improváveis.
Opinião
★★★★
My rating: 4 of 5 stars
«The board is set, and the pieces are moving.»
O Regresso do Rei termina aquele que será um dos mais magníficos trabalhos de literatura fantástica. Enquanto Merry, Pippin, Aragorn e Legolas combatem o exército de Mordor, Sam e Frodo continuam a missão de destruir o anel, cada vez mais influente sobre Frodo.
Cheio de acção, este terceiro livro foi, para mim, o menos envolvente e mais cansativo dos três - especialmente a primeira parte. Não quer isto dizer que O Regresso do Rei não é um livro maravilhoso que narra uma das aventuras mais fantásticas de sempre, com tudo o que poderíamos desejar...e mais ainda.
Gostei muito de ver finalmente as personagens seguirem o seu caminho, o restabelecimento do Shire e o início de uma nova Era em Middle Earth. No meio de tanta fantasia e magia, encontramos o verdadeiro sentido de amizade/lealdade e descobrimos que a coragem pode habitar nos corações mais improváveis.
Frases Preferidas
"What do you fear, my lady?" he asked. "A cage," she said. 2To stay behind bars, until use and old age accept them, and all chance of doing great deesds is gone beyond recall or desire." - 1027
«In the morning counsels are best, and night changes many thoughts.» - 1047
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