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0 Nome de Toureiro

Durante os anos sombrios do nazismo, desaparece da prisão de Spandau um valiosíssimo conjunto de moedas de ouro. Quase cinquenta anos depois, caído o muro de Berlim, dois personagens obscuros mas poderosos, com um passado político duvidoso, contratam, cada um por seu lado, dois «antigos combatentes», desempregados profissional e ideologicamente, para que partam em busca do tesouro roubado. Um, Belmonte, o que tem nome de toureiro, aceita o encargo por amor a Verónica; o outro, Frank Galinsky, aceita-o por um velho hábito de obediência militante cujo ideal é agora o de enriquecer «como todos os outros».

Mas o tesouro ainda existe? Belmonte e Galinsky chegarão a enfrentar-se? Nos tempos implacáveis que são os nossos, vencerá o amor ou a cobiça?

Com Nome de Toureiro, Luis Sepúlveda confirmou-se como um admirável «contador de histórias», oferecendo-nos um inesperado «romance negro» que tem como pano de fundo uma profunda reflexão sobre as ideologias autoritárias.

Autor: Luís Sepúlveda
Editor: Porto Editora (Fevereiro, 2013)
Género: Romance
Páginas: 184


Sobre o autor...
Luis Sepúlveda, de origem chilena, é escritor, director de cinema, jornalista e activista político. Depois de estudar produção de teatro na Universidade de Moscovo, prosseguiu os seus estudos como bolseiro até ter sido acusado de falta de conduta e afastado da Universidade. 
Em 1973, quando o General Augusto Pinochet chegou ao poder, Sepúlveda foi preso durante dois anos e meio, devido ao seu activismo político, sendo libertado condicionalmente graças aos esforços da Amnistia Internacional, permanecendo em prisão domiciliar.
Não satisfeito, Luis Sepúlveda conseguiu escapar, mantendo-se escondido por quase um ano. Com o auxílio de um amigo, líder da aliança francesa, Sepúlveda reuniu um grupo de teatro que viria a ser o primeiro foco cultural da resistência. O autor foi depois novamente preso e condenado a prisão perpétua, depois reduzida a 28 anos, por traição e subversão. 
Mais uma vez, a secção alemã da Amnistia Internacional, voltou a intervir e a pena de Sepúlveda passou a 8 anos de exílio e em 1977 o escritor abandonou o Chile para se mudar para a Suécia onde supostamente iria dar aulas de Literatura Espanhola, mas Sepúlveda voltou a fugir, desta vez para o Uruguai. 
Uma vez que a situação política no Uruguai e na Argentina era semelhante à do seu país de origem, Sepúlveda mudou-se para o Brasil e depois para o Paraguai. O regime local forçou-o a mudar-se novamente, assentando finalmente no Equador. 
Luis Sepúlveda dirigiu o teatro da Aliança Francesa, fundou uma companhia de teatro e participou na expedição da UNESCO para avaliar o impacto da colonização nos índios Shuar. 
Durante esta expedição, o escritor partilhou a vida dos Shuars durante sete meses. Trabalhando em contacto próximo com organizações indígenas, auxiliou a esboçar o primeiro plano de literacia para os camponeses Imbabura, nos Andes. 
Em 1979, Sepúlveda uniu-se à brigada internacional Simón Bolívar, que combatia na Nicarágua, e começou a trabalhar como jornalista depois da victória na revolução, partindo para a Europa um ano depois. 


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