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0 Três é Demais + Opinião

Não há família mais glamorosa que os Mandeville.
O casal de celebridades Jack e Cass Mandeville parece ter tudo — boa aparência, carreiras coroadas de êxito e um casamento maravilhoso. Os filhos também são incrivelmente talentosos: a Cleo é supermodelo; o Sean é um comediante de sucesso; e embora Sophie, uma adolescente de 16 anos, esconda a sua aparência sob uns enormes óculos redondos e roupa larga, todos veem que existe um belo cisne ansioso por desabrochar.
Aos olhos da imprensa, a família Mandeville é simplesmente exemplar.
Mas uma ruiva lindíssima, de seu nome Imogen, aparece para entrevistar Jack e Cass na manhã do quadragésimo aniversário de Jack… e a família fabulosa descobre que afinal talvez não seja assim tão perfeita.

Autor: Jill Mansell
Editor: Quinta Essência (Setembro, 2012)
Páginas: 336
Original: Two's Company


Opinião...


Não posso negar o sofrido constrangimento que senti ao ler Três É Demais
- foi quase como ver um actor preferido a encetar num desastroso, e triste, número de comédia… 

Com um sentido de humor bem menos astuto do que aquele a que nos tem vindo a habituar, Jill Mansell falha em emprestar às situações que descreve a hilaridade do costume… e as diversas tentativas de humor - falhadas - estatelam-se página após página. 

No meu caso, o desapontamento por ter gostado bastante de outros livros desta autora e, portanto, saber do que ela é capaz, pesa ainda mais do que propriamente a qualidade singular de Três É Demais.

Permanece, no entanto, a excelente capacidade de Mansell para lidar com múltiplos enredos, trabalhando-os de forma a evitar a confusão que este tipo de caos costuma gerar no leitor. Também a sua escrita, simples e directa, acaba por se encaixar perfeitamente, suavizando a narrativa e tornando-a leve, como se espera neste género literário. 

Cada personagem traz um bocadinho de saudável boa disposição à história, mas à medida que o tempo vai passando e os acontecimentos se desenvolvem e continuamos a ver as nossas vontades contrariadas e os nossos planos para as personagens sem concretização, a leitura começa a pesar, a aborrecer e a frustrar. O final é, por si só, bastante insatisfatório, deixando demasiadas lacunas por preencher. E, tendo odiado Sean desde o primeiro instante que ele surge na narrativa, aquela espécie de momento de redenção final não funcionou, de todo, para mim. 

Posto isto, e acrescentando que gosto bastante de Jill Mansell, Três É Demais não é um livro que recomende, tendo em conta que a própria autora tem livros muito mais divertidos e interessantes do que este.


A intriga gerada ao longo de uma narrativa em que a traição e a perfídia espreitam a cada página acaba por salvar o livro de um falhanço total. O confronto com a falta de escrúpulos das personagens e as sucessivas reviravoltas no enredo mantiveram o meu interesse na leitura...Nada como uma glamourosa família de celebridades a cair em vergonhosa desgraça para espicaçar o nosso interesse…! 



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