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Anna Karenina | Opinião

Wook.pt - Anna Karénina

Anna Karenina parece ter tudo - beleza, dinheiro, popularidade e um filho adorado. Mas sente um vazio na sua vida até ao momento em que conhece o arrebatador conde Vronsky. A relação que em breve se inicia entre ambos escandaliza a sociedade e a família, e traz no seu encalce ciúme e amargura.

Em contraste com esta história de amor e autodestruição, encontramos Konstantin Levin, um homem em busca da felicidade e de um sentido para a sua vida.

Autor: Lev Tolstoi
Editor: Relógio D'Água (2007)
Género: Romance
Páginas: 896
Original: Анна Каренина (1877) 



opinião
★★★★★

Eu e Anna começámos muito mal. Enquanto tentava desesperadamente obrigar-me a gostar do livro, fui ficando cada vez mais irritada e frustrada com as inconsistências das personagens da trama. Afinal, que gente é esta (!) que ora parece uma coisa, ora parece outra bem diferente? Que pensa de uma forma, mas está longe de o reflectir nas suas ações? Que tanto nos parecem vítimas como vilões? Foi preciso parar para pensar um bocadinho melhor em cada uma delas e no que as motiva… E tudo ficou muito mais claro.


O “problema” das personagens de Anna Karenina é que são genuínas, são como nós que hoje agimos de uma forma e amanhã de outra completamente diferente. Que pensamos certa forma, mas que não sabemos expressar os nossos sentimentos. Que fazemos jogos, esperando que os outros nos cedam 100% da sua compreensão quando só estamos dispostos a partilhar 50%. Tolstoi fez um magnífico trabalho na construção e desenvolvimento das suas personagens. Estas são multidimensionais, complexas e mutáveis; vemos as marcas do que lhes aconteceu surgirem mais à frente na narrativa. O autor encheu o livro com vários e variados pontos de vista, complementares ou contraditórios, e deixou-nos a tarefa de interpretar a história à nossa maneira, tornando assim Anna Karenina um bocadinho nosso.


Foi uma surpresa para mim, dado o título do livro, encontrar duas narrativas principais que seguem a par e muitas outras personagens e relacionamentos. Esta variedade dá-nos uma ideia muito mais vasta da Rússia daquele tempo, dos seus maneirismos e da corrente de pensamentos da altura. Foi muito fácil aproximar-me de Levin, simpatizar com a sua maneira de ser algo ingénua e filosófica que atravessa algumas crises existenciais; um homem do campo que aprecia o duro trabalho braçal da agricultura e que tem algumas dificuldades em compreender a vida na cidade. Já Anna me deu muito mais trabalho; ouvimos descrever como é linda e observamos como é inteligente, mas não isenta de algumas falhas de carácter.

Anna é infeliz no casamento e quando conhece Vronsky isso torna-se-lhe ainda mais evidente. O carácter sério do esposo, um responsável alto funcionário do governo, contrasta com o seu, muito mais vívido e festivo; mas para a mulher, ao contrário do homem para quem um caso extraconjugal (ou vários…) não trazia consequências de maior, tal situação significava a sua ruína, a perda de posição social, o afastamento dos seus pares, a vergonha e até a perda dos próprios filhos.
Os teus sentimentos pertencem à tua consciência, mas sou obrigado perante ti, mim e Deus a lembrar-te dos teus deveres. As nossas vidas estão ligadas não pelos homens, mas por Deus. Só um crime pode quebrar estes laços e um tal crime exige depois o castigo – 149

Então que decisão tomar? Ficar presa a uma situação infeliz e desgastante com um homem que não ama e jamais virá a amar ou arriscar uma nova vida com alguém que ama verdadeiramente e lhe traz tanta alegria… Com uma decisão, Anna mudará toda a sua vida sem saber se o futuro lhe trará a tão desejada felicidade ou apenas mais dissabores.
Não podemos ser simplesmente amigos, sabe-o bem. A questão está em saber se havemos de ser os mais felizes ou os mais desgraçados deste mundo – 142

Anna toma a decisão romântica, mas em breve fica paranoica com a hipótese de Vronsky a deixar à sua sorte; é que para Vronsky a situação é bem diferente, pode sempre ir à sua vida quando se cansar de Anna e seguir em frente, mas ela está presa a ele, completamente dependente, e quando as suas expectativas saem frustradas assistimos à sua gradual transformação e degradação. É verdade que Anna provoca a sua própria desgraça, mas que outra escolha poderia ter feito?

O livro é inegavelmente longo, mas uma vez ultrapassada a minha dificuldade inicial, a sua leitura não me aborreceu em momento algum. Gostei muito da riqueza que as diferentes perspetivas trazem à narrativa; gostei que a mesma personagem me transmitisse sensações diferentes ao longo do livro; apreciei bastante o pormenor e realismo com que Tolstoi narra as situações, sem nos querer dar uma óbvia noção de moral, deixando-nos tirar as nossas próprias conclusões.



Frases Preferidas (isbn 9789722636186)

Mas, não podendo encontrar nos sonhos esquecimento mais que para a noite, era preciso, durante o dia, converter a vida nalguma coisa parecida com um sonho – 8

Vivendo numa sociedade em que é necessária uma certa actividade intelectual, as opiniões lhe eram tão indispensáveis como os chapéus – 11

Não compreendia como havia quem se preocupava tanto com a vida futura quando a presente era tão bela – 11

Quando a saúde não falta e a consciência está sossegada, o resto nada vale – 99

Não sabe então que a senhora é a minha vida? Como posso eu proporcionar-lhe a tranquilidade, se a não conheço há muito tempo? Diga-me que me sacrifique inteiramente por si e fá-lo-ei sem hesitar, porque nem como pensamento me posso separar de si. A meus olhos, não somos mais do que uma única pessoa. Não vejo possibilidade alguma de sossego no futuro, nem para mim, nem para si – 142

Não podemos ser simplesmente amigos, sabe-o bem. A questão está em saber se havemos de ser os mais felizes ou os mais desgraçados deste mundo – 142

Mergulhando profundamente de mais nas nossas almas, poderíamos ir aí encontrar qualquer coisa que poderia bem passar despercebida – 149

Os teus sentimentos pertencem à tua consciência, mas sou obrigado perante ti, mim e Deus a lembrar-te dos teus deveres. As nossas vidas estão ligadas não pelos homens, mas por Deus. Só um crime pode quebrar estes laços e um tal crime exige depois o castigo – 149

Todo o progresso se faz à força – 330

Trabalho, esforço-me por conseguir um fim e esqueci-me que de que tudo acaba e que a morte está à espera, junto de mim – 343

-Mas eu nada quero copiar ao comunismo, que nega o direito à propriedade, ao capital, à herança. Estou longe de negar estimulantes tão importantes. Eu só procuro regulariza-los.
- Numa palavra, tu tomas uma ideia que não é tua, tiras-lhe o que lhe dá a força e pretendes fazê-la passar por nova. – 345

Só se ofende um homem honrado ou uma mulher honesta, mas dizer dum ladrão que é um ladrão não é senão a constatação de um facto – 357

Quem quer os fins, quer os meios – 362

Não existe situação nenhuma que não tenha uma saída qualquer – 416

Um homem descontente dificilmente se escapa de lançar as culpas do seu descontentamento sobre alguém – 470

Na infinidade do tempo, da matéria, do espaço, uma célula orgânica forma-se mantém-se um momento e rebenta…essa célula sou eu! – 698

É preciso viver para o ‘bem’. O único conhecimento claro, indibitável, absoluto que possuímos é esse – e não é só pelo raciocínio que aí chegámos -, porque o raciocínio o exclui, porque não tem causa nem efeito. O ‘bem’, se tivesse uma causa, deixaria de ser o bem, como se tivesse uma sanção – uma recompensa – 703

«Bem sei», pensou, «que é a imensidade do espaço e não uma abóbada azul que se estende por cima de mim, mas o meu olhar só percebe essa abóbada arredondada e vê mais claro do que se procurasse para além dela» - 706





0 Lovecraft Country | Opinião


Soon to be a new HBO Series from J.J. Abrams,

Wook.pt - Lovecraft CountryMisha Green and Jordan Peele (Director of Get Out)Chicago, 1954. When his father Montrose goes missing, twenty-two year-old Army veteran Atticus Turner embarks on a road trip to New England to find him, accompanied by his Uncle George - publisher of The Safe Negro Travel Guide - and his childhood friend Letitia.

On their journey to the manor of Mr. Braithwhite - heir to the estate that owned one of Atticus's ancestors - they encounter both mundane terrors of white America and malevolent spirits that seem straight out of the weird tales George devours. At the manor, Atticus discovers his father in chains, held prisoner by a secret cabal named the Order of the Ancient Dawn - led by Samuel Braithwhite and his son Caleb - which has gathered to orchestrate a ritual that shockingly centers on Atticus.

And his one hope of salvation may be the seed of his - and the whole Turner clan's - destruction. A chimerical blend of magic, power, hope, and freedom that stretches across time, touching diverse members of two black families, Lovecraft Country is a devastating kaleidoscopic portrait of racism - the terrifying specter that continues to haunt us today.


Autor: Matt Ruff
Editor: Pan MacMillan (Maio, 2019)
Género: Literatura Fantástica
Páginas: 384
Original: Lovecraft Country (2016) 
 Locus Award Nominee for Best Horror Novel (2017), 
World Fantasy Award Nominee for Novel (2017), 
Endeavour Award (2017), 
Goodreads Choice Award Nominee for Horror (2016)

opinião
★★★☆☆

Nenhuma descrição de foto disponível.Lovecraft Country é um livro cheio de acção, com as circunstâncias sempre a mudar, narradas a um ritmo impetuoso, em tom original e interessante.

Misturando fantasia com realidade, Matt Ruff mostra-nos que os piores monstros são bem reais e vivem entre nós. Na América racista de 1954, cheia de obstáculos e perigos para os nossos personagens, observamos como estes vivem situações terríveis em que o inaceitável é aceite e faz até parte do quotidiano... Infelizmente é aqui que reside, para mim, uma das falhas do livro: Ruff evidencia muito bem a ignorância e a estupidez do racismo, mas fá-lo recorrendo a cenas que são para lá de cliché...!

O livro resulta de um conjunto de histórias interligadas entre si, cheias de criatividade e nós vamos passando de história em história. Assistimos ao culto de seitas que recorrem a magia, passamos uma temporada numa casa assombrada por fantasmas pouco simpáticos, viajamos para outro mundo através de portais...tudo isto muito estranho, mas igualmente interessante! E francamente melhorado por uma adequada dose de humor.

Vamos também conhecendo diversas personagens ao longo do livro, sendo que nenhuma delas é desenvolvida para lá do suficiente para apreciarmos a sua participação na narrativa, o que pode acabar por nos frustrar porque podemos estar a gostar de acompanhar uma personagem e tudo muda quando mudamos de capítulo.

Felizmente, Lovecraft Country não sofre do mesmo mal que muitos livros do género: não assistimos aos irritantes retrocessos que se devem à idiotice dos personagens. Pelo contrário, estamos perante um grupo de personagens bastante inteligente e perspicaz que põe o enredo a mexer.

O final é demasiado apressado para o meu gosto pessoal e sou da opinião que o autor conseguia concretizá-lo bem melhor, mas no geral gostei do livro e parece-me que vai resultar muito bem como série televisiva.


Frases preferidas:
Biblical literalism is for the simple - 84

But she also knew that the Lord moves ah His own speed, and that patience is often part of the price He exacts for giving us what He wants us to have - 108

One man's honored tradition is another's superstition - and that's where the knives come out - 257

Do you want to chose your own future, or are you content to have it chosen for you? Anf id it's the former, what are you willing to become? These are the questions you need to consider, But think, quickly. Because history doesn't stay still - and we're running out of time  - 259

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0 Diário da Coreia do Norte | Opinião


Wook.pt - Diário da Coreia do Norte«A nossa forma de vida baseia-se na liberdade de expressão — digo à minha guia. — As pessoas podem ser tão desagradáveis quanto lhes apeteça acerca dos seus líderes. No meu país, podemos criticá-los se fizerem algo errado e, como quaisquer seres humanos, eles cometem frequentemente erros.
So Hyang responde sem hesitar.
— É isso que nos torna tão diferentes. Os nossos líderes são muito grandes. Não são indivíduos. Representam as massas, por isso, não podemos criticar-nos a nós mesmos, não é?».
Em Maio de 2018, Michael Palin, ex Monty Python, hoje um intrépido viajante, decidiu visitar a Coreia do Norte. Partiu com a equipa de filmagens para nos revelar como se vive no país mais fechado do mundo.
Neste livro partilha com o leitor talvez a mais ousada e peculiar das suas viagens.

Autor: Michael Palin  
Editor: Bizâncio (Novembro 2019)
Género: Literatura de Viagem
Páginas: 208
Original: North Korea Journal (2019) 

opinião
★★☆☆☆
A imagem pode conter: uma ou mais pessoasEste é mais um daqueles livros que compro online assim que vejo o pré-lançamento quando claramente devia ter esperado para vê-lo «ao vivo» na loja e ter a oportunidade de o desfolhar antes de comprar. Se o tivesse feito, certamente não o teria comprado…

Fiquei bastante desiludida com Diário da Coreia do Norte uma vez que não traz nada de novo: não há nenhuma revelação, não responde a qualquer questão. Este livro não é, de todo, o motivo pelo qual compramos um livro sobre a Coreia do Norte e com certeza o seu autor saberá disso. A prosa é demasiado leve tendo em conta o que sabemos esconder-se por detrás de toda a fachada do regime e o esforço da equipa para não «ofender» ninguém nem transgredir qualquer regra roubou o livro do seu potencial conteúdo.

Assim, para mim este livro equivale a ter uma enorme oportunidade em mãos… e não fazer nada com ela!





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0 Trilogia Millennium | Opinião


Os Homens que Odeiam as Mulheres

Millennium #1
Wook.pt - Os Homens Que Odeiam as MulheresO jornalista de economia Mikael Blomkvist precisa de uma pausa. Acabou de ser julgado por difamação ao financeiro Hans-Erik Wennerstrom e condenado a três meses de prisão. Decide afastar-se temporariamente das suas funções na revista Millennium. Na mesma altura, é encarregado de uma missão invulgar. Henrik Vanger, em tempos um dos mais importantes industriais da Suécia, quer que Mikael Blomkvist escreva a história da família Vanger. Mas é óbvio que a história da família é apenas uma capa para a verdadeira missão de Blomkvist: descobrir o que aconteceu à sobrinha-neta de Vanger, que desapareceu sem deixar rasto há quase quarenta anos. Algo que Henrik Vanger nunca pôde esquecer. Blomkvist aceita a missão com relutância e recorre à ajuda da jovem Lisbeth Salander. Uma rapariga complicada, com tatuagens e piercings, mas também uma hacker de excepção. Juntos, Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander mergulham no passado profundo da família Vanger e encontram uma história mais sombria e sangrenta do que jamais poderiam imaginar.

Autor: Stieg Larsson
Editor: BIS
Género: Policial/Thriller
Páginas: 576
Original: Män som hatar kvinnor (2005) 
 Barry Award for Mystery/Crime Novel Of The Decade (2010), 
Macavity Award for Best First Mystery Novel (2009), 
Anthony Award for Best First Novel (2009), Glass Key Award (2006), 
CWA International Dagger Nominee (2008) 
Galaxy British Book Awards for Crime Thriller of the Year (2009), 
Exclusive Books Boeke Prize (2008), 
Strand Critics Award Nominee for Best First Novel (2008)

opinião
★★★★☆
A imagem pode conter: 1 pessoa, chávena de café
Tenho os livros da trilogia Millennium há imenso tempo por ler, não porque tivesse dúvidas se ia gostar mas porque desconfiava que, quando começasse, ia querer lê-los todos de seguida... e foi o que aconteceu.

Fiquei completamente absorta na história deste primeiro livro e, embora não seja dos livros mais fáceis de se ler devido ao número e complexidade dos temas abordados, é excelente para nos entreter.

Apesar do seu volume, nao achei que o livro tivesse conteúdo desnecessário só para encher páginas. Os temas são variados e interessantes, sem nos passar ao lado o tom de crítica do autor, e no final tudo acaba por encaixar no sítio certo.

Aqui, fiquei a conhecer das personagens mais excêntricas que encontrei um livro do género, mas que, mesmo assim, não deixam de ser credíveis... e Lisbeth Salander é personagem para não esquecermos tão depressa!


A Rapariga Que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e Um Fósforo

Millennium #2
Wook.pt - A Rapariga Que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e Um FósforoDepois de uma longa estada no estrangeiro, Lisbeth Salander regressa à Suécia e instala-se luxuosamente numa zona nobre da cidade. Mikael Blomkvist, que tentara contactá-la durante meses, sem sucesso, desiste e concentra-se no trabalho. À Millennium chega material para uma notícia explosiva: o jornalista Dag Svensson e a sua companheira Mia Johansson entregam na editora dois documentos que provam o envolvimento de personalidades importantes numa rede de tráfico de mulheres para exploração sexual. Quando Dog e Mia são brutalmente assassinados, todos os indícios recolhidos no local do crime apontam um suspeito: Lisbeth Salander, e a polícia move-lhe uma implacável perseguição. Lisbeth Salander, que está disposta a romper de vez com o passado e a punir aqueles que a prejudicaram, tem agora de provar a sua inocência e só uma pessoa parece disposta a ajudá-la: Mikael Blomkvist que, apesar de todas as evidências, se recusa a acreditar na sua culpabilidade.


Autor: Stieg Larsson
Editor: BIS
Género: Policial/Thriller
Páginas: 624
Original: Flickan som lekte med elden (2006) 
Anthony Award Nominee for Best Novel (2010), Dilys Award Nominee (2010),
 CWA International Dagger Nominee (2009), 
Svenska Deckarakademins pris för bästa svenska kriminalroman (2006), 
Goodreads Choice Award for Mystery/Thriller (2009)

opinião
★★★★☆
Nenhuma descrição de foto disponível.Diferente do livro que o antecede, mas igualmente interessante, o segundo volume da trilogia millennium centra-se mais em Lisbeth, uma decisão muito inteligente do autor que não se limita a narrar uma história mas que tem coisas realmente importantes a dizer e mensagens a passar nomeadamente em relação às injustiças sociais cometidas contra as mulheres. Lisbeth está entre as vítimas.

É na segunda metade do livro que as coisas começam realmente a acontecer e a tensão aumenta, mas o livro, num todo, é uma excelente leitura!








A Rainha no Palácio das Correntes de Ar

Millennium #3
Wook.pt - A Rainha no Palácio das Correntes de ArNeste terceiro e último volume da Trilogia Millennium, Lisbeth Salander sobreviveu aos ferimentos de que foi vítima, mas não tem razões para sorrir: o seu estado de saúde inspira cuidados e terá de permanecer várias semanas no hospital, impossibilitada de se movimentar e agir. As acusações que recaem sobre ela levaram a polícia a mantê-la incontactável. Lisbeth sente-se sitiada e, como se isso não bastasse, vê-se ainda confrontada com outro problema: o pai, que a odeia e que ela feriu à machadada, encontra-se no mesmo hospital com ferimentos menos graves e intenções mais maquiavélicas… Os elementos da SAPO continuam as suas movimentações; Mikael Blomkvist tenta de todas as maneiras ilibar Salander; Dragan Armanskij, o inspector Bublanski e Anita Giannini unem esforços para que se faça justiça; Erika Berger sente-se também ameaçada; e quem é Rosa Figuerola, a bela mulher que seduz Mikael Blomkvist?


Autor: Stieg Larsson
Editor: BIS
Género: Policial/Thriller
Páginas: 736
Original: Luftslottet som sprängdes (2007) 
Glass Key Award (2008), Audie Award for Thriller/Suspense (2011), 
Goodreads Choice Award for Mystery & Thriller and Nominee for Favorite Book (2010),
LovelyBooks Leserpreis for Krimi (2009)

opinião
★★★★☆
A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e texto

Lisbeth está em apuros e neste terceiro livro da trilogia acompanhamos de perto a investigação do caso. O autor dá-nos acesso a vários pontos de vista, dinamizando imenso a narrativa.

Com elementos para agradar a diversos tipos de leitor, o sucesso desta trilogia é mais do que justificado.

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Millennium
Título
Livro n.º
Edição Portuguesa
Publicação Original
Os Homens que Odeiam as Mulheres
Stieg Larsson
1
A Rapariga que Sonhava com uma Lata de Gasolina e um Fósforo
Stieg Larsson
2
A Rainha no Palácio das Correntes de Ar
Stieg Larsson
3
4
5
6





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0 Novidades Fevereiro 2020

Romance
1936. Os Nazis marcharam sobre a Renânia; na Rússia, Estaline libertou o seu Grande Terror; em Espanha rebentou a Guerra Civil. Em Berlim, uma jovem inglesa foge à Gestapo para entregar documentos de importância vital a um cientista judeu. Semanas depois, é encontrada morta em Cambridge com uma seringa prateada entre os dedos. Quando um importante proprietário rural e a sua mulher são assassinados de forma brutal, um professor de História especializado em espionagem da era isabelina é arrastado para um mundo de segredos de que só tomara conhecimento pelos livros.Originalmente publicado em 1951, O Homem da Forca é uma das primeiras obras de Shirley Jackson, mestre da ficção gótica e do suspense. Neste romance de formação sobre uma rapariga no limbo entre o racional e o irracional, Jackson alia o terror do thriller psicológico às subtilezas da comédia negra para retratar o medo existencial, a solidão e a consciência de si.Forçadas a comer o que pode matá-las, na atmosfera turva destes banquetes perversos, as provadoras e os militares das SS traçam alianças insólitas - mas o que é insólito quando se vive no limite? E quando, na primavera de 1944, chega ao quartel o tenente Ziegler, instaurando um clima de terror, um inesperado vínculo nasce entre ele e Rosa.A casa é o lugar da intimidade. As suas divisões, onde comemos, dormimos, discutimos, amamos, fazem parte do nosso passado, escondem segredos, desejos, traições. Em Sete Casas Vazias, Samanta Schweblin não se refreia de colocar o dedo nessa ferida, negando ao leitor qualquer espécie de alívio; e a perda, a violência afetiva, a doença, o egoísmo, as nossas falhas mais íntimas tornam-se, elas próprias, todo o espaço em que habitamos.Aclamado pelo seu erotismo latente e pelos desafios morais que coloca ao leitor, este prodigioso e perturbante romance sobre os destinos da Alemanha está traduzido em 39 línguas e foi galardoado em 1997 com os prémios Grinzane Cavour, Hans Fallada e Laure Bataillon. Em 1999 venceu o Prémio de Literatura do Die Welt. Foi adaptado ao cinema em 2008 e vencedor do Óscar para melhor atriz, atribuído a Kate Winslet.Pouco depois da queda do Muro de Berlim, em 1989, Miriam regressa a casa para cuidar do pai em estado terminal. Quando se apercebe dos números tatuados no pulso de Henryk, escondidos pela bracelete do relógio, Miriam descobre que o pai fora prisioneiro de Auschwitz. Como poderá esta parte da sua vida ter ficado escondida durante tantos anos? E quem é Frieda, por quem Henryk tanto chama?A Audrey não quer saber de amor nem de paixões piegas. A vida dela já tem drama que chegue! Para fugir ao caos que se instalou em casa, ela arranja um trabalho no cinema local, sem imaginar que é precisamente aqui que vai encontrar um drama chamado Harry.Penny Campion é uma jovem nobre, filha de um duque, que não quer conviver com a alta sociedade, preferindo ficar em casa a tomar conta dos seus animais. É uma mulher leal e caridosa, sendo incapaz de encontrar uma criatura vulnerável sem a levar para casa. Contudo, a sua tia quer que ela participe em eventos sociais e se livre dos animais. Caso contrário, Penny terá de ir viver para o campo com o intransigente irmão, um destino que ela teme.Conhecemos da Ilíada o nome de heróis masculinos, como Aquiles, Ulisses, Páris, Agamémnon ou Heitor — mas este romance, narrado por Briseida, rainha de Lirnesso (cidade vizinha de Troia e dos seus campos de batalha), troféu e concubina de Aquiles após a tomada da cidade pelos Gregos, é a história das mulheres do poema de Homero, figuras frequentemente esquecidas ou desvalorizadas: as escravas, as prostitutas, as enfermeiras, as que cuidam dos mortos e dos vivos, as que observam as batalhas e primeiro sofrem os seus horrores.A Batalha da Águia Perdida salvou a Muralha de Adriano, mas o novo governador da Britannia tem de travar a rebelião das tribos do norte ou arrisca-se a perder a sua província. Para Marcus - agora simplesmente Centurião Corvus -, a campanha pode revelar- se duplamente perigosa. Os reforços chegaram à Britannia, e ele está rodeado de novos oficiais que não têm razões para o proteger da guarda pretoriana do imperador. A espada do inimigo pode ser tão fatal como uma palavra imprudente.Wook.pt - CorpusQuando Mikaela Campbell, esposa e mãe amada, entra em coma, cabe ao seu marido, Liam, manter a família unida e cuidar dos filhos desolados e assustados. Os médicos dizem-lhe que não tenha esperança de que ela recupere, mas ele acredita que o amor é capaz de fazer o que a medicina não consegue. Todos os dias, senta-se ao lado dela, conta-lhe histórias da vida preciosa que construíram juntos, na esperança de que ela acorde. Mas depois descobre provas do passado secreto da mulherEntrecruzando o percurso da ascensão empresarial e social dos Florio com as tumultuosas histórias da sua vida íntima, durante os anos mais agitados da História de Itália do século XIX, Stefania Auci apresenta uma poderosa saga familiar, de tal modo viva e pulsante que parece contemporânea.Uma saga apaixonante, que se estende ao longo do século xx, com toda a intriga, paixão e golpes do destino a que Jeffrey Archer, um dos maiores contadores de histórias da atualidade, nos habituou.

Thriller | Policial
A gala do Metropolitan Museum of Art em Nova Iorque é considerada uma das mais glamorosas festas de angariação de fundos do mundo. É uma noite de confraternização irrepetível, recheada de ricos e famosos que se exibem vestidos pelos mais notáveis estilistas. Muitas pessoas seriam capazes de matar para receberem um convite para esta festa. Há três anos, Virginia Wakeling, administradora do Metropolitan Museum of Art e um dos seus doadores mais generosos, foi encontrada morta, na rua, junto ao museu.Em Washington, D.C., um sem-abrigo morre nos braços do comandante Gray Pierce, atingido pela bala de um assassino. Mas a morte deixa para trás um mistério ainda maior: uma moeda ensanguentada uma relíquia antiga relacionada com o oráculo grego de Delfos. Enquanto perseguidores implacáveis procuram o artefacto roubado, Gray Pierce descobre que a moeda é a chave para desvendar uma conspiração que remonta à Guerra Fria e ameaça os próprios alicerces da Humanidade.Arrebatada com o manuscrito que acabou de receber, Maris Matherly-Reed, editora de ficção, tenta entrar em contacto com o seu autor, um homem envolto em mistério.À medida que o texto vai avançando, porém, Maris não deixa de se perguntar se haverá alguma verdade nas palavras que está a ler. Perturbada também com a crescente atração que sente por Parker, resolve voltar para Nova Iorque e descobrir se, de facto, não passará tudo de ficção... Mas a morte de uma pessoa que lhe é próxima só parece confirmar a presença de um assassino - uma pessoa disposta a tudo para conseguir o que quer...A vida de Alison parece perfeita. Tem um marido dedicado, uma filha adorável, uma carreira em ascensão como advogada e acaba de lhe ser atribuído o primeiro caso de homicídio. Só que Alison bebe. Demasiado. E tem vindo a negligenciar a família. Além de que esconde um caso amoroso quase obsessivo com um colega que gosta de ultrapassar os limites.Ao conduzir uma noite para casa, Gabe vai atrás de um velho carro, quando vê a cara de uma menina aparecer na janela. Ela diz uma palavra: papá. É a sua filha de cinco anos, Izzy. E nunca mais a vê.Eve Dallas, tenente da polícia de Nova Iorque, é encarregada de uma missão secreta: investigar a morte de um colega. Nunca hesitando em cumprir o dever e colocá-lo acima das lealdades pessoais, ela acha que está pronta para tudo. Mas estará mesmo? Quando um cadáver é deixado à porta de sua casa, Eve sabe que só com toda a sua força e inteligência poderá sobreviver.É na paisagem deslumbrante de Hangzhou, perto de Xangai, que decorre a ação de A Mensagem, durante a II Guerra Mundial e a ocupação japonesa da China: um espião chinês atua nas fileiras nipónicas e mina a sua confiança decifrando códigos através de verdadeiros passes de mágica. Serve-se de códigos matemáticos, operações de contraespionagem e mensagens truncadas que apaixonam o submundo das agências de informação. Numa derradeira tentativa para desmascarar a toupeira chinesa, os japoneses passam também a enviar mensagens falsas. Cairá o espião na armadilha?

Jovem Adulto
Começar de novo - é este o desejo mais profundo de Allie Harper quando parte para Woodshill, no Oregon, para frequentar a universidade e esquecer os fantasmas do passado. Ultrapassada a fase complicada de arranjar um lugar para viver, ela encontra um apartamento que a satisfaz, mas que - o que não estava nos seus planos - terá de ser partilhado com Kaden White, um bad boy tatuado, sensual e arrogante, seu colega universitário.

Memórias | Biografias
De falsos testemunhos e manipulação de provas para enviar mafiosos para o corredor da morte à criação do Programa de Proteção de Testemunhas, especialmente para o proteger, Joe "Animal" Barboza será sempre um dos maiores nomes da história americana do crime. E esse legado de brutalidade é narrado neste livro por Casey Sherman, o mais respeitado autor de crime real da América.Como reage um médico quando descobre estar gravemente doente? A que se agarra um cético homem da ciência quando se vê às portas da morte?

Livro de Bolso
Um thriller arrepiante sobre um leitor com uma obsessão por um escritor… protagonizado pelo mesmo trio de heróis improváveis apresentados em Sr. Mercedes.
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