0 Um Rapaz Muito Especial | Opinião
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5 estrelas,
Monica Wood,
Opinião,
Romance
Durante anos, o guitarrista Quinn Porter tem vivido em digressões, concerto atrás de concerto, ausente da vida da ex-mulher Belle e do filho de ambos, que vive obcecado pelos recordes do Guiness. Um acontecimento trágico na vida de Quinn vai levá-lo ao encontro de Ona, uma viúva de 104 anos que o filho costuma visitar.
Durante sete sábados, Quinn cuida do jardim de Ona. Entre outros segredos, descobre que o filho tentou convencer Ona a candidatar-se ao recorde de condutora mais velha do mundo. Na tentativa de compreender melhor o filho, Quinn forja uma amizade com Ona e descobre um rapaz afetuoso que nunca conheceu, aprendendo assim a olhar para toda a sua vida de uma outra forma.
Um Rapaz Muito Especial é um romance onde a dor aparentemente irreparável encontra uma reconfortante ligação num gesto de devoção humana.
Autor: Monica Wood
Editor: TopSeller (Julho, 2016)
Género: Romance
Páginas: 336
Original: The One-in-a-Million Boy (2016)
opinião
★★★★☆
Um Rapaz Muito Especial recorda-nos que, embora não possamos escrever os nossos próprios fins, podemos contribuir, e muito, para as histórias daqueles que nos rodeiam, encaminhando assim a nossa por uma via que, mesmo imprevista, poderá ser melhor do que a ambicionada.
Quinn nunca foi um bom pai; em onze anos, não conseguiu estabelecer uma ligação com o filho, nunca conseguiu compreender a sua singularidade e sabe, portanto, que não o amou tanto quanto devia. Infelizmente, agora não terá sequer a oportunidade de o vir a fazer um dia. Pouco tempo após a morte do rapaz, Belle, a ex-mulher, incumbe Quinn da tarefa que o filho estava a desempenhar como escuteiro: prestar auxílio a uma idosa de 104 anos, Ona...e é assim que Quinn herda do filho uma amiga a valer!
À medida que a narrativa se desenrola no presente, temos simultaneamente acesso ao relato de Ona sobre a sua própria vida, como parte de um projecto que o rapaz desenvolvia para a escola. Com o tempo, Ona deixa-se cativar por esta criança e, a par com a história da sua vida, começa a partilhar com ele também os seus segredos. Ao entrar no segundo século da sua existência, Ona estava convencida que não seria obrigada a lidar com outra morte que não a sua, mas o obstinado destino obriga-a a lidar com mais uma perda nesta fase tão tardia da vida.
Um rapaz diferente, introspectivo, curioso, coleccionador; é ele o elo de ligação entre estas três pessoas e, mesmo ausente, a sua influência na vida de Ona, Quinn e Belle é imensa. Quanto a Ona, contagia-a com o seu interesse pelos recordes do Guinness e acaba por convencê-la a tentar bater pelo menos um deles; Belle e Quinn são arrastados, por afinidade, para esta façanha.
Esta é uma história muito enternecera, simultaneamente triste e divertida. Não obstante a qualidade da prosa, as personagens roubam completamente o espectáculo. A sua complexidade, o reconhecimento das suas falhas e o esforço sincero que fazem para melhorar, levam-nos a simpatizar genuinamente com elas.
Gostei muito do livro e, mesmo sem saber o nome deste rapaz, sei que não o vou esquecer!
Quinn nunca foi um bom pai; em onze anos, não conseguiu estabelecer uma ligação com o filho, nunca conseguiu compreender a sua singularidade e sabe, portanto, que não o amou tanto quanto devia. Infelizmente, agora não terá sequer a oportunidade de o vir a fazer um dia. Pouco tempo após a morte do rapaz, Belle, a ex-mulher, incumbe Quinn da tarefa que o filho estava a desempenhar como escuteiro: prestar auxílio a uma idosa de 104 anos, Ona...e é assim que Quinn herda do filho uma amiga a valer!
À medida que a narrativa se desenrola no presente, temos simultaneamente acesso ao relato de Ona sobre a sua própria vida, como parte de um projecto que o rapaz desenvolvia para a escola. Com o tempo, Ona deixa-se cativar por esta criança e, a par com a história da sua vida, começa a partilhar com ele também os seus segredos. Ao entrar no segundo século da sua existência, Ona estava convencida que não seria obrigada a lidar com outra morte que não a sua, mas o obstinado destino obriga-a a lidar com mais uma perda nesta fase tão tardia da vida.
Um rapaz diferente, introspectivo, curioso, coleccionador; é ele o elo de ligação entre estas três pessoas e, mesmo ausente, a sua influência na vida de Ona, Quinn e Belle é imensa. Quanto a Ona, contagia-a com o seu interesse pelos recordes do Guinness e acaba por convencê-la a tentar bater pelo menos um deles; Belle e Quinn são arrastados, por afinidade, para esta façanha.
Esta é uma história muito enternecera, simultaneamente triste e divertida. Não obstante a qualidade da prosa, as personagens roubam completamente o espectáculo. A sua complexidade, o reconhecimento das suas falhas e o esforço sincero que fazem para melhorar, levam-nos a simpatizar genuinamente com elas.
Gostei muito do livro e, mesmo sem saber o nome deste rapaz, sei que não o vou esquecer!
Monica Wood é uma autora norte-americana bestseller e vencedora de inúmeros prémios literários. As suas obras são presença assídua em publicações como O, The Oprah Magazine, New York Times, Martha Stewart Living, entre outras, e têm recebido elogios de críticos e escritores americanos. Um Rapaz Muito Especial é o seu mais recente êxito e já foi publicado em 18 países.
Nasceu no estado do Maine, na costa nordeste dos EUA, onde ainda vive com o marido, no seio de uma família católica de origem irlandesa. Trabalhou como conselheira numa casa de repouso antes de se dedicar inteiramente à escrita. É também cantora e costuma viajar pela região em digressões de jazz, country, pop e gospel.
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