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1 O Baile de Máscaras | Opinião


Em 1786, Londres é uma cidade magnífica, caótica e implacável. Que o diga a jovem Lizzy Ward, cujos sonhos cedo se desvaneceram para dar lugar a uma vida que nunca desejou. Nunca foi sua intenção ser prostituta, mas o destino assim quis. Todavia, a sua sorte parece estar prestes a mudar. Um dia, ao calcorrear as ruelas negras de fuligem de Piccadilly, dá por si a salvar a vida de um homem diferente dos outros. Lord Edward Hays não só é aristocrata como não está minimamente interessado nos seus serviços. Ou melhor, nos seus serviços habituais. Lord Hays quer contratá-la mas não por uma noite. O seu plano é apenas exibi-la na alta sociedade como sua companheira durante toda a semana que vai passar na cidade.

Estará Lizzy à altura do papel? À medida que se embrenha nos mais sumptuosos e respeitáveis salões londrinos, os obstáculos parecem suceder-se. Além disso, a jovem apercebe-se de que, naquele mundo, ela não é a única a usar uma máscara. Para piorar as coisas, a sua relação com Edward está a intensificar-se de dia para dia - a charada de ambos ameaça ruir, e Londres está a postos para o grande escândalo...


Autor: Joanna Taylor
Editor: Edições Asa (Maio, 2016) 
Género: Romance
Páginas: 352
Original: Masquerade: Can a street-girl fool a lord? (2014) 


opinião
★★✩✩✩
Inspirado no filme Pretty Woman, O Baile de Máscaras é um daqueles livros que serve exclusivamente para passar o tempo - pouco profundo, pouco desafiante...e não há nada de mal nisso, até porque sabe muito bem, pelo menos de vez em quando, ler algo apenas por puro entretenimento, mas este livro é tão previsível que se torna aborrecido.

Considero que a escritora, Joanna Taylor, faz uma boa homenagem ao filme, moldando as circunstâncias à época histórica que escolheu; também gostei dos protagonistas, especialmente Elizabeth, uma jovem genuína e simples no meio de uma sociedade que só liga às aparências. No entanto, para além da previsibilidade que já referi, Taylor centra a narrativa quase exclusivamente no casal protagonista, o que a torna muito monótona, e opta por aprofundar mais a história pessoal de Edward do que a de Elizabeth quando a que me interessava mais era precisamente a da jovem.

Não pretendo deixar aqui uma lista de «defeitos» do livro até porque identifico nele elementos que poderão agradar a muitas leitoras, mas honestamente senti-me entediada durante grande parte da leitura e não gostei da maneira como Taylor escolheu terminar a história.


Joanna Taylor já vendeu mais de 200,000 exemplares das suas obras, que escreve também sob o pseudónimo C.S. Quinn. Para além de autora de ficção, é uma jornalista premiada e colabora com os jornais The Times e o Mirror, em Londres. O seu nome figura no Top 10 de autores de ficção adulta na Amazon.



Um comentário:

  1. Concordo, frustadas qualquer expectativas qto ao desenrolar do livro. E ficaram muitas pontas soltas, como a família da Elizabeth, a mãe doente de Edward doente e dependente de ópio (como assim que ela ficaria em boas mãos) etcetc.

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