0 O que ando a ler...Julho 2014
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O Que Ando a Ler
A actualização deste post tem sido complicada por causa das férias
mas finalmente consegui sentar-me um bocadinho para acrescentar os livros da última quinzena!
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Recentemente eleito como o livro mais influente, escrito pelas mãos de uma mulher, 'Não Matem a Cotovia' (Europa-América, 1986) é uma obra absolutamente extraordinária que devia ser lida e apreciada por todos! Adaptado ao cinema, este clássico entrou directamente para a minha lista de favoritos...tal como o 'Frankenstein' de Mary Shelley (BIS, 2009)!
Editado recentemente pela Dom Quixote, 'O Leopardo' encantou-me pela perspectiva que oferece sobre a decadência da aristocracia, pintada tão elegantemente por Giuseppe di Lampedusa.
Mudando um bocadinho de estilo: Não restam dúvidas - os Bridgerton são sempre uma animação!... e este 5º livro da série, 'Para Sir Phillip com Amor' (ASA, 2014), embora não esteja entre os meus preferidos, é igualmente fantástico. Recomendo a todas as leitoras que gostam de um bocadinho de humor nos seus romances históricos.
Também romance histórico mas de carácter muito mais sério e tendo por base personagens e eventos históricos, 'A Amante do Papa' (Planeta, 2014) dá novamente vida à fantástica Catarina Sforza. Jeanne Kalogridis foi muito competente a escrever esta maravilhosa narrativa, cheia de pormenores interessantes sobre a época, embora não me agradasse muito o percurso pelo qual a levou o seu livre arbítrio.
A série Quarteto de Noivas chegou finalmente ao fim com 'Felizes Para Sempre' (Chá das Cinco, 2014). Embora não seja uma das minhas série preferidas reúne as qualidades a que Nora Roberts já nos habituou, incluindo uma incrível aproximação às personagens e descrições magníficas, numa escrita impecável.
Preferidos do Mês:
1. Frankenstein: 5★
2. Não Matem a Cotovia: 5★
3. O Leopardo: 4★
4. Para Sir Phillip com Amor: 4★
5. Irish Fairy Tales: 4★
6. A Amante do Papa: 3★
7. Felizes Para Sempre: 3★
8. A Lei do Deserto: 3★
31 de Julho
Absolutamente extraordinário!
O Leopardo: 4★
Especialmente pela sua elegância, a prosa de Giuseppe di
Lampedusa reproduz muito fielmente uma realidade e um tempo já perdidos. O
contexto social e político é construído com grande competência, juntamente com
algum humor e ironia. Mas, mais precisamente, foram o que infiro serem
comentários pessoais do autor, de teor filosófico e partilhados sob a forma de
frases arrebatadoras, que me conquistaram em pleno.
![]() |
A minha colecção Os Bridgerton, até à data... |
Cómica, divertida e romântica - adoro esta série! Facilmente dou por mim a
vibrar com as divertidas peripécias que Julia Quinn narra tão graciosamente, empolgada com o rumo dos acontecimentos, apegada às fantásticas personagens! Mesmo tendo em conta que a história de Eloise acabou por se revelar, para mim, a menos interessante até agora - sendo que culpabilizo mais a extraordinária qualidade dos livros anteriores do que propriamente qualquer falha neste - 'Para Sir Phillip com Amor' não deixa de ser uma óptima adição a esta série completamente viciante.
Gostei muito de 'Para Sir Phillip com Amor' e, mais uma vez, fiquei ansiosa pelo próximo!
A Amante do Papa: 3★
Foi a forma como Jeanne Kalogridis optou por construir e desenvolver a sua narrativa que veio roubar um bocadinho ao meu prazer de leitura.
Felizes Para Sempre: 3★
O último livro da série Quarteto de Noivas coloca um óptimo pontofinal na história de Mac, Parker, Laurel e Emma.
Quarteto de Noivas é uma série romântica que gira à volta da importância da amizade. É especialmente interessante acompanhar as vidas das personagens ao longos dos quatro livros, com a aproximação e familiaridade que Nora Roberts é tão boa a criar.
Frankenstein: 5★
Triste e trágico, há neste livro conteúdo para horas de dissecação. A narrativa não é muito extensa mas é muito significativa e bonita com a sua atmosfera gótica e romântica.
'A Lei do Deserto' é um daqueles livros que me deixa baralhada no final; sem saber bem para que lado a balança pende mais: se para o lado dos elementos de que gostei ou para o dos pontos que me desagradaram.
Há alguns anos atrás assisti a um verdadeiro seanchaidhe a executar a sua arte: contar histórias. Foi um daqueles momentos mágicos que recordamos para sempre; senti-me completamente arrebatada para um mundo de fadas, heróis míticos, princesas, bruxas e reis austeros. Dei comigo de olhos esbugalhados, junto com os mais pequenos, a seguir atentamente cada frase, a acompanhar vigilantemente cada pantomima.
É daí que vem a minha vontade de ler este livro; da nossa teimosia em querer roubar bons pedacinhos ao passado e revivê-los de alguma forma.
Irish Fairy Tales é uma selecção de 27 pequenas histórias que nos servem de introdução a esta vertente do folclore irlandês. Pequeno, simples e muito ao estilo Grim - com os seus aspectos mórbidos e alguma violência - este livro enche-se de histórias cómicas, fantasiosas e misteriosas.
Todos temos os nossos personagens preferidos; aqueles que mais nos marcaram. No meu caso, há quatro nomes que recordo com um cuidado especial: Gregor Samsa, Heathcliff, Quasimodo e Jay Gatsby. Pode parecer, à partida, que não têm nada em comum mas não é o caso; todos foram vítimas de incompreensão - uma obtusidade que lhes surgiu de quem era mais próximo - e não souberam responder da melhor forma, corrompendo a própria existência. A estes junta-se agora um novo personagem, um que não tem nome mas é conhecido como 'o monstro de Frankenstein'.
O monstro pode não ter sido realmente criado mas Mary Shelley assegurou-se que ele perduraria na sociedade.
A Lei do Deserto: 3★
No fundo, penso que este livro sofre imenso pela falta de equilíbrio. Se por um lado temos um livro cheio de acção, que me agradou pelas cenas de planeamento e execução militar (colocando de lado a precisão das mesmas), pareceu-me que toda esta acção serviu de manobra de distracção para desviar a atenção do leitor de pontos importantes como a óbvia falta de desenvolvimento das personagens, o desenvolvimento de um romance à velocidade da luz e numa das alturas menos plausíveis e o facto de acontecimentos traumáticos não parecerem ter grandes repercussões nas personagens…
Apesar de partir de uma premissa muito interessante, fundindo realidade e ficção, só lamento que Wilbur Smith tivesse comprometido a qualidade de um trabalho cheio de potencial ao falhar na construção e desenvolvimento de personagens e episódios.
É daí que vem a minha vontade de ler este livro; da nossa teimosia em querer roubar bons pedacinhos ao passado e revivê-los de alguma forma.
Irish Fairy Tales é uma selecção de 27 pequenas histórias que nos servem de introdução a esta vertente do folclore irlandês. Pequeno, simples e muito ao estilo Grim - com os seus aspectos mórbidos e alguma violência - este livro enche-se de histórias cómicas, fantasiosas e misteriosas.
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