0 O que ando a ler...Junho 2014
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O Que Ando a Ler
Preferidos do Mês:
1. Os Aromas do Amor: 5★
2. Sempre o Diabo: 5★
3. O Primo Basílio: 4★
4. Perdoa-me: 4★
5. Morte em Palco: 4★
6. O Jardim das Memórias: 4★
7. Natureza Morta: 3★
8. Uma Noite no Expresso do Oriente: 3★
9. Arte Assassina: 3★
10. A Informadora: 2★
11. Os Pecados de Lord Easterbrook: 2★
Embora muito diferentes um do outro, Os Aromas do Amor (Porto Editora, 2014) e Sempre o Diabo (Quetzal, 2014) são ambos os meus preferidos deste mês e são, portanto, aqueles que eu aconselho a quem goste de romance com mistério a acompanhar e com a qualidade que Dorothy Koomson já nos habituou ou a quem goste de uma atmosfera mais gótica e tensa, carregada de violência.
Gostei muito de O Primo Basílio (Civilização, 2012) pela escrita soberba de Eça de Queirós. Adorei acompanhar Eva em Perdoa-me (ASA, 2014) quando a sua vida muda completamente com o suicídio da mãe e uma revelação bombástica por parte do pai. Por focar pontos delicados mas muito interessantes, O Jardim das Memórias é um romance cativante. Uma Noite no Expresso do Oriente, embora não me tenha entusiasmado tanto, é também um romance interessante que aborda várias personagens ao mesmo tempo, a bordo do luxuoso Expresso do Oriente, todas com os seus pontos de interesse. Terminei finalmente a série Rothwell Brothers com Os Pecados de Lord Easterbrook (ASA, 2010); não gostei muito e, no geral, não foi uma série que me mantivesse entusiasmada.
Em Junho estive rodeada de inspectores e detectives: Barnaby, do qual me estou a tornar grande fã, em Morte em Palco (ASA, 2014); o simpático Gamache de Natureza Morta (Dom Quixote, 2014); Pendragon que deixou um bocadinho a desejar em Arte Assassina (Casa das Letras, 2014) e Flávia Albia, A Informadora (ASA, 2014), pela qual não desenvolvi grande empatia.
30/Junho
Arte Assassina: 3★ [ler opinião completa]
'Arte Assassina' começa muito melhor do que acaba; o que, num thriller, quando tudo avança para a 'grande revelação', é normalmente sinónimo de desilusão.
O processo de investigação pareceu-me bastante dúbio. Muita da informação é obtida clandestinamente, sem o envolvimento directo da polícia, o que nos leva a questionar de imediato a sua competência. Apesar de ter simpatizado com Pendragon, pareceu-me não possuir nenhum instinto para a profissão. Suspeitei da identidade do assassino muito antes de Pendragon, portanto, tornou-se irritante vê-lo ignorar pistas óbvias e passar o resto do livro apenas à espera da confirmação.
Este é um livro que funciona melhor pela perspectiva dos assassinos nele apresentados devido à curiosidade que possamos desenvolver pelas suas consciências e pensamentos, a forma como entendem as coisas que os rodeiam, até onde são capazes de ir. E porquê.
26/Junho
✏ No espaço de uma semana deu para arranjar mais dois preferidos e começar uma intrigante série policial!
Natureza Morta: 3★ [ler opinião completa]
Natureza Morta é um policial leve, sem grandes complicações mas com umas quantas surpresas pelo caminho.
Gamache rapidamente nos rouba a atenção por ser ligeiramente diferente dos inspectores a que estamos habituados. Sensível às artes, tanto a plástica como a literária, Armand Gamache preocupa-se realmente com as pessoas que o rodeiam. Pessoas essas que são, também elas, bastante curiosas… principalmente porque sabemos que no meio delas há um assassino!
Natureza Morta é um policial leve, sem grandes complicações mas com umas quantas surpresas pelo caminho.
O Primo Basílio: 4★ [ler opinião completa]
Senti a angústia de Luísa, o carinho e adoração que Jorge lhe tinha, o estupidificante egocentrismo doviver as suas histórias, que acaba por transformar um simples e pouco original caso de adultério numa obra de arte.
primo, a amargura de Juliana, a ignorante jactância do Conselheiro, a lealdade de Sebastião… caramba, até me pareceu sufocar de calor durante os primeiros capítulos quando na realidade está a chover lá fora! E é esta astúcia de Eça, capaz de nos levar a
Entre ociosidade e futilidade, vítimas da sua própria carência ambiciosa e da fé que depositaram no romance como modo de fuga a uma vida que lhes sabia a inútil, depois de Emma Bovary, Luísa é agora a minha segunda adúltera preferida.
Sempre o Diabo: 5★ [ler opinião completa]
Sempre o diabo… sentado ao nosso ombro…a sussurrar-nos ao ouvido.
Lutamos contra o 'diabo' o tempo todo, um 'diabo' que, no fundo, somos nós mesmos, quer seja em resposta às ações de outrem ou iniciativas próprias. Convivemos diariamente com o nosso instinto maligno, o diabinho no nosso ombro que se recusa a estar calado.
Assim, facilmente nos vemos embrenhados na espessa e sombria atmosfera deste livro, submersos nas suas descrições violentas, perversamente intrigados pelas personagens que nos apresenta, capazes dos atos mais hediondos. Mas pior que nos deixarmos intoxicar com o carácter nefasto destas personagens é encontrar nelas pontos de reconhecimento e comparação com o nosso próprio carácter.
'Sempre o Diabo é um dos poucos livros em que pus completamente de lado o meu desejo por um final feliz em prol de um final justo. Um final em que a crueldade fosse paga com uma crueldade ainda maior, violência fosse recompensada com uma violência ainda mais atroz, sem qualquer hipótese de perdão ou redenção…e lá está, novamente, o 'diabo'.
19/Junho
✏ Esta semana acabei Perdoa-me (ASA), o novo livro de Lesley Pearse, Morte em Palco (ASA), o espectacular policial de Caroline Graham pertencente à série Inspector Barnaby e à colecção Crime À Hora do Chá, e Uma Noite no Expresso do Oriente (Quinta Essência), a estreia de Veronica Henry em Portugal - ...Gostei de todos!!
Perdoa-me: 4★ [ler opinião completa]
Ler um livro de Lesley Pearse traduz-se normalmente em fazer uma viagem com a sua protagonista, assisti
r ao desenvolvimento e crescimento pessoal da mesma enquanto a sua vida é moldada por acontecimentos traumáticos.
'Perdoa-me' segue esse mesmo estilo; começando com uma intensa cena de suicídio Lesley Pearse estampa imediatamente o livro com um carácter, viciando-nos na continuação da leitura.
Uma narrativa simples mas emocionalmente forte que nos mostra a importância de não desistir, a influência que a boa ou má vontade alheia pode ter nas nossas vidas e a relevância de assumirmos o papel principal nas nossas próprias histórias.
Morte em Palco: 4★ [ler opinião completa]
O enredo de 'Morte em Palco' não é extraordinariamente complexo mas o tom divertido e ligeiramente
irónico com que é narrado, aliado à poderosa capacidade de descrição e caracterização da autora - Caroline Graham - fazem deste livro um policial extraordinário.
Graham demora o seu tempo a descrever-nos as personagens e os respectivos problemas pessoais, levando-nos pela mão enquanto nos apresenta as diversas delícias e venenos do teatro amador, mantendo-nos alerta a pistas ainda antes do crime acontecer! …e quando finalmente temos resposta a 'quem vai morrer?!' mal podemos esperar para responder a 'quem é o assassino?...e porque raio o fez?!'
Uma Noite no Expresso do Oriente: 3★ [ler opinião completa]
Quando o Expresso do Oriente parte da estação, embarcamos numa viagem romântica e luxuosa pontuada por revelações dramáticas e decisões importantes. Abordando diversos tipos de relação, Veronica Henry traz-nos o amor familiar, novas paixões, amores antigos e oportunidades perdidas.
Apesar de narrar várias histórias ao mesmo tempo, todas baseadas nas vivências individuais das personagens, a autora conseguiu fazê-lo de forma descomplicada, evoluindo a um ritmo bastante satisfatório. Embora pouco originais, estas não deixam de ser interessantes e permitem-nos, de acordo com os nossos gostos, desenvolver maior interesse por um núcleo de personagens em especial...
…O que não falta em 'Uma Noite no Expresso do Oriente' é glamour e diversidade!
12/Junho
✏ As coisas podem não ter começado bem este mês mas melhoraram...e muito! Adorei Os Aromas do Amor (Dorothy Koomson, Porto Editora) e estou muito satisfeita por ver a minha colecção de 'Koomson's' a aumentar ). Também gostei muito de O Jardim das Memórias, especialmente pelos frágeis temas em que toca.
Os Aromas do Amor: 5★ [ler opinião completa]
A forma como a autora criou uma fusão entre o suspense de um homicídio e a dor da perda de um ente querido bem como a abordagem de tantostipos de amor - por um homem, por amigos, pelos filhos e por outros familiares, acabou por resultar numa combinação perfeita.
A tudo isto junta-se o mistério lançado logo no prólogo sobre o assassinato do marido, a possível causa e identidade do assassino. Mistério este que se vai agigantando ao longo do livro, com a chegada de várias cartas anónimas, e nos prende a ele com enorme interesse...
O Jardim das Memórias: 4★ [ler opinião completa]
Até onde devemos manter o nosso compromisso para com um familiar? Até que ponto temos o direito de influenciar ou até mesmo controlar a sua vida?
O Jardim das Memórias foca pontos sensíveis como o estigma à volta das doenças mentais e respetiva medicação, a relação pai-filha, o vício do álcool e até mesmo a forma como (fingimos que não) vemos os sem-abrigo. Também há o romance - e este é igualmente envolvente; entre adultos que apesar dos dissabores e traumas que sofreram na vida com os seus familiares, estão dispostos a lutar um pelo outro, reconhecendo o nível de compreensão e dedicação que tal exige.
4/Junho
✏ Este mês as coisas não começaram da melhor forma...espero que não seja eu que estou a ficar (ainda!) mais picuinhas. Ambos falharam em me cativar...em me levar a ansiar pela leitura...vocês sabem o que eu quero dizer! Um é relativamente recente: A Informadora (Lindsey Davis, ASA), o primeiro livro da série Flávia Albia, decorrida em Roma, 89 DC, e o outro é a conclusão da série Rothwell Brothers, de Madeline Hunter, também da ASA, intitulado Os Pecados de Lord Easterbrook. Vou começar a ler Os Aromas do Amor, de Dorothy Koomson, editado pela Porto Editora, (sobre o qual tenho enooooooormes expectativas) e a estreia de Amy Hatvany em Portugal: O Jardim das Memórias (TopSeller).
A Informadora: 2★ [ler opinião completa]
O meu maior atrito com este livro é a incoerência entre a época em que decorre a ação e a sensação de contemporaneidade que nos fica. Também não desenvolvi qualquer empatia com Flávia, o que é extremamente revelador dado que ela defendia os direitos dos animais, a emancipação das mulheres e se opunha a rituais macabros. Creio que não fui apresentada a suficientes facetas de Flávia para simpatizar minimamente com ela…
E, por último, o 'mistério'… Não é difícil chegar à identidade do assassino por muito que Lindsey Davis nos tente distrair com o romance de Flávia, a sua família ou as festividades que a rodeiam…e uma vez desvendada a charada, não resta muito mais para prender a nossa atenção. Como tal, apesar de não ser um livro péssimo, aborreci-me bastante durante a sua leitura…
Os Pecados de Lord Easterbrook: 2★ [ler opinião completa]
Foi o tema do tráfico ilegal de ópio no século XIX que me despertou o interesse em Os Pecados de Lord Easterbrook…quanto ao romance entre Leona e Christian: nem por isso! Apesar da regularidade dos episódios sensuais e do esforço da autora para nos mostrar o outro lado de Easterbrook, reservado à família e a Leona, não foi uma relação cujo desenvolvimento me despertasse o interesse, especialmente porque não gostei da maneira dele agir e não gostei da frequência com que ela simplesmente cedia.
… Resumindo de forma bastante bruta: já li melhor! Aliás, já li melhor da própria autora
2. Sempre o Diabo: 5★
3. O Primo Basílio: 4★
4. Perdoa-me: 4★
5. Morte em Palco: 4★
6. O Jardim das Memórias: 4★
7. Natureza Morta: 3★
8. Uma Noite no Expresso do Oriente: 3★
9. Arte Assassina: 3★
10. A Informadora: 2★
11. Os Pecados de Lord Easterbrook: 2★
Embora muito diferentes um do outro, Os Aromas do Amor (Porto Editora, 2014) e Sempre o Diabo (Quetzal, 2014) são ambos os meus preferidos deste mês e são, portanto, aqueles que eu aconselho a quem goste de romance com mistério a acompanhar e com a qualidade que Dorothy Koomson já nos habituou ou a quem goste de uma atmosfera mais gótica e tensa, carregada de violência.
Gostei muito de O Primo Basílio (Civilização, 2012) pela escrita soberba de Eça de Queirós. Adorei acompanhar Eva em Perdoa-me (ASA, 2014) quando a sua vida muda completamente com o suicídio da mãe e uma revelação bombástica por parte do pai. Por focar pontos delicados mas muito interessantes, O Jardim das Memórias é um romance cativante. Uma Noite no Expresso do Oriente, embora não me tenha entusiasmado tanto, é também um romance interessante que aborda várias personagens ao mesmo tempo, a bordo do luxuoso Expresso do Oriente, todas com os seus pontos de interesse. Terminei finalmente a série Rothwell Brothers com Os Pecados de Lord Easterbrook (ASA, 2010); não gostei muito e, no geral, não foi uma série que me mantivesse entusiasmada.
Em Junho estive rodeada de inspectores e detectives: Barnaby, do qual me estou a tornar grande fã, em Morte em Palco (ASA, 2014); o simpático Gamache de Natureza Morta (Dom Quixote, 2014); Pendragon que deixou um bocadinho a desejar em Arte Assassina (Casa das Letras, 2014) e Flávia Albia, A Informadora (ASA, 2014), pela qual não desenvolvi grande empatia.
30/Junho
Arte Assassina: 3★ [ler opinião completa]
'Arte Assassina' começa muito melhor do que acaba; o que, num thriller, quando tudo avança para a 'grande revelação', é normalmente sinónimo de desilusão.
O processo de investigação pareceu-me bastante dúbio. Muita da informação é obtida clandestinamente, sem o envolvimento directo da polícia, o que nos leva a questionar de imediato a sua competência. Apesar de ter simpatizado com Pendragon, pareceu-me não possuir nenhum instinto para a profissão. Suspeitei da identidade do assassino muito antes de Pendragon, portanto, tornou-se irritante vê-lo ignorar pistas óbvias e passar o resto do livro apenas à espera da confirmação.
Este é um livro que funciona melhor pela perspectiva dos assassinos nele apresentados devido à curiosidade que possamos desenvolver pelas suas consciências e pensamentos, a forma como entendem as coisas que os rodeiam, até onde são capazes de ir. E porquê.
26/Junho
✏ No espaço de uma semana deu para arranjar mais dois preferidos e começar uma intrigante série policial!
Natureza Morta: 3★ [ler opinião completa]
Natureza Morta é um policial leve, sem grandes complicações mas com umas quantas surpresas pelo caminho.
Gamache rapidamente nos rouba a atenção por ser ligeiramente diferente dos inspectores a que estamos habituados. Sensível às artes, tanto a plástica como a literária, Armand Gamache preocupa-se realmente com as pessoas que o rodeiam. Pessoas essas que são, também elas, bastante curiosas… principalmente porque sabemos que no meio delas há um assassino!
Natureza Morta é um policial leve, sem grandes complicações mas com umas quantas surpresas pelo caminho.
O Primo Basílio: 4★ [ler opinião completa]
A minha colecção 'Novos Clássicos'. Adoro! |
primo, a amargura de Juliana, a ignorante jactância do Conselheiro, a lealdade de Sebastião… caramba, até me pareceu sufocar de calor durante os primeiros capítulos quando na realidade está a chover lá fora! E é esta astúcia de Eça, capaz de nos levar a
Entre ociosidade e futilidade, vítimas da sua própria carência ambiciosa e da fé que depositaram no romance como modo de fuga a uma vida que lhes sabia a inútil, depois de Emma Bovary, Luísa é agora a minha segunda adúltera preferida.
Sempre o Diabo: 5★ [ler opinião completa]
Sempre o diabo… sentado ao nosso ombro…a sussurrar-nos ao ouvido.
Lutamos contra o 'diabo' o tempo todo, um 'diabo' que, no fundo, somos nós mesmos, quer seja em resposta às ações de outrem ou iniciativas próprias. Convivemos diariamente com o nosso instinto maligno, o diabinho no nosso ombro que se recusa a estar calado.
Assim, facilmente nos vemos embrenhados na espessa e sombria atmosfera deste livro, submersos nas suas descrições violentas, perversamente intrigados pelas personagens que nos apresenta, capazes dos atos mais hediondos. Mas pior que nos deixarmos intoxicar com o carácter nefasto destas personagens é encontrar nelas pontos de reconhecimento e comparação com o nosso próprio carácter.
'Sempre o Diabo é um dos poucos livros em que pus completamente de lado o meu desejo por um final feliz em prol de um final justo. Um final em que a crueldade fosse paga com uma crueldade ainda maior, violência fosse recompensada com uma violência ainda mais atroz, sem qualquer hipótese de perdão ou redenção…e lá está, novamente, o 'diabo'.
19/Junho
✏ Esta semana acabei Perdoa-me (ASA), o novo livro de Lesley Pearse, Morte em Palco (ASA), o espectacular policial de Caroline Graham pertencente à série Inspector Barnaby e à colecção Crime À Hora do Chá, e Uma Noite no Expresso do Oriente (Quinta Essência), a estreia de Veronica Henry em Portugal - ...Gostei de todos!!
Perdoa-me: 4★ [ler opinião completa]
Só me falta 'Segue o Coração' que li emprestado :) |
r ao desenvolvimento e crescimento pessoal da mesma enquanto a sua vida é moldada por acontecimentos traumáticos.
'Perdoa-me' segue esse mesmo estilo; começando com uma intensa cena de suicídio Lesley Pearse estampa imediatamente o livro com um carácter, viciando-nos na continuação da leitura.
Uma narrativa simples mas emocionalmente forte que nos mostra a importância de não desistir, a influência que a boa ou má vontade alheia pode ter nas nossas vidas e a relevância de assumirmos o papel principal nas nossas próprias histórias.
Morte em Palco: 4★ [ler opinião completa]
Ainda na pilha de livros por arrumar! :S Só tenho os de Caroline Graham...para já! |
irónico com que é narrado, aliado à poderosa capacidade de descrição e caracterização da autora - Caroline Graham - fazem deste livro um policial extraordinário.
Graham demora o seu tempo a descrever-nos as personagens e os respectivos problemas pessoais, levando-nos pela mão enquanto nos apresenta as diversas delícias e venenos do teatro amador, mantendo-nos alerta a pistas ainda antes do crime acontecer! …e quando finalmente temos resposta a 'quem vai morrer?!' mal podemos esperar para responder a 'quem é o assassino?...e porque raio o fez?!'
Uma Noite no Expresso do Oriente: 3★ [ler opinião completa]
Quando o Expresso do Oriente parte da estação, embarcamos numa viagem romântica e luxuosa pontuada por revelações dramáticas e decisões importantes. Abordando diversos tipos de relação, Veronica Henry traz-nos o amor familiar, novas paixões, amores antigos e oportunidades perdidas.
Apesar de narrar várias histórias ao mesmo tempo, todas baseadas nas vivências individuais das personagens, a autora conseguiu fazê-lo de forma descomplicada, evoluindo a um ritmo bastante satisfatório. Embora pouco originais, estas não deixam de ser interessantes e permitem-nos, de acordo com os nossos gostos, desenvolver maior interesse por um núcleo de personagens em especial...
…O que não falta em 'Uma Noite no Expresso do Oriente' é glamour e diversidade!
12/Junho
✏ As coisas podem não ter começado bem este mês mas melhoraram...e muito! Adorei Os Aromas do Amor (Dorothy Koomson, Porto Editora) e estou muito satisfeita por ver a minha colecção de 'Koomson's' a aumentar ). Também gostei muito de O Jardim das Memórias, especialmente pelos frágeis temas em que toca.
Os Aromas do Amor: 5★ [ler opinião completa]
Os meus 'Koomsons' :D |
A tudo isto junta-se o mistério lançado logo no prólogo sobre o assassinato do marido, a possível causa e identidade do assassino. Mistério este que se vai agigantando ao longo do livro, com a chegada de várias cartas anónimas, e nos prende a ele com enorme interesse...
O Jardim das Memórias: 4★ [ler opinião completa]
Até onde devemos manter o nosso compromisso para com um familiar? Até que ponto temos o direito de influenciar ou até mesmo controlar a sua vida?
O Jardim das Memórias foca pontos sensíveis como o estigma à volta das doenças mentais e respetiva medicação, a relação pai-filha, o vício do álcool e até mesmo a forma como (fingimos que não) vemos os sem-abrigo. Também há o romance - e este é igualmente envolvente; entre adultos que apesar dos dissabores e traumas que sofreram na vida com os seus familiares, estão dispostos a lutar um pelo outro, reconhecendo o nível de compreensão e dedicação que tal exige.
4/Junho
✏ Este mês as coisas não começaram da melhor forma...espero que não seja eu que estou a ficar (ainda!) mais picuinhas. Ambos falharam em me cativar...em me levar a ansiar pela leitura...vocês sabem o que eu quero dizer! Um é relativamente recente: A Informadora (Lindsey Davis, ASA), o primeiro livro da série Flávia Albia, decorrida em Roma, 89 DC, e o outro é a conclusão da série Rothwell Brothers, de Madeline Hunter, também da ASA, intitulado Os Pecados de Lord Easterbrook. Vou começar a ler Os Aromas do Amor, de Dorothy Koomson, editado pela Porto Editora, (sobre o qual tenho enooooooormes expectativas) e a estreia de Amy Hatvany em Portugal: O Jardim das Memórias (TopSeller).
A Informadora: 2★ [ler opinião completa]
O meu maior atrito com este livro é a incoerência entre a época em que decorre a ação e a sensação de contemporaneidade que nos fica. Também não desenvolvi qualquer empatia com Flávia, o que é extremamente revelador dado que ela defendia os direitos dos animais, a emancipação das mulheres e se opunha a rituais macabros. Creio que não fui apresentada a suficientes facetas de Flávia para simpatizar minimamente com ela…
E, por último, o 'mistério'… Não é difícil chegar à identidade do assassino por muito que Lindsey Davis nos tente distrair com o romance de Flávia, a sua família ou as festividades que a rodeiam…e uma vez desvendada a charada, não resta muito mais para prender a nossa atenção. Como tal, apesar de não ser um livro péssimo, aborreci-me bastante durante a sua leitura…
Os Pecados de Lord Easterbrook: 2★ [ler opinião completa]
Foi o tema do tráfico ilegal de ópio no século XIX que me despertou o interesse em Os Pecados de Lord Easterbrook…quanto ao romance entre Leona e Christian: nem por isso! Apesar da regularidade dos episódios sensuais e do esforço da autora para nos mostrar o outro lado de Easterbrook, reservado à família e a Leona, não foi uma relação cujo desenvolvimento me despertasse o interesse, especialmente porque não gostei da maneira dele agir e não gostei da frequência com que ela simplesmente cedia.
… Resumindo de forma bastante bruta: já li melhor! Aliás, já li melhor da própria autora
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