0 O que ando a ler...Fevereiro 2014
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O Que Ando a Ler
Resumo
♥ Jane Eyre, Vida Roubada e O Hipnotista, tão diferentes entre si, foram, sem dúvida, os meus preferidos deste mês!
♥ Misery transformou-me na mais recente fã de Stephen King, Viagem a Capri revelou-me o meu preferido da autora, até à data, e Tenho o Teu Número convenceu-me definitivamente a ler mais livros de Sophie Kinsella. Paixão Proibida em Summerset Abbey é uma óptima adição à trilogia e deixou-me a desesperar por ler o próximo livro, ao contrário de Os Versículos Satânicos, cuja leitura pode ter sido desesperantemente difícil mas muito satisfatória no final.
♥ Este mês só houve mesmo um livro do qual não gostei: Cretino Irresistível...
Preferidos do Mês:
1. Jane Eyre: 5★
2. Vida Roubada: 5★
3. O Hipnotista: 5★
4. Misery: 4★
5. Os Versículos Satânicos: 4★
6. Tenho o Teu Número: 4★
7. Paixão Proibida em Summerset Abbey: 4★
8. Viagem a Capri: 4★
9. Cretino Irresistível: 1★
28/Fevereiro2. Vida Roubada: 5★
3. O Hipnotista: 5★
4. Misery: 4★
5. Os Versículos Satânicos: 4★
6. Tenho o Teu Número: 4★
7. Paixão Proibida em Summerset Abbey: 4★
8. Viagem a Capri: 4★
9. Cretino Irresistível: 1★

Neste sentido, e partindo das estritas e limitadas premissas de «certo» e «errado», acabei por encontrar inesperadamente o formidável e confuso «intermédio» em Vida Roubada. Adam Johnson conseguiu mostrar que, se procurarmos, conseguimos encontrar beleza onde ela não era esperada e que a grandeza convive muitas vezes de perto com a miséria - perturbadoramente, encontramos humor onde sabemos que ele não pertence.
Como thriller, faz-nos querer avançar logo para as últimas páginas, como romance mostra-nos que o amor é a mesma coisa lá e cá…aquilo que estamos dispostos a sacrificar por ele é que pode ser diferente.
26/Fevereiro
Não sei como nem porquê mas nunca tinha lido nada de Stephen King até Misery…e agora não sei como poderei alguma vez deixar de o fazer.
King escreve sem medo de chocar sensibilidades , pelo contrário, diria até que retira disso um prazer perverso. A narrativa deixa-se acumular de tensão por entre descrições vívidas e intensas; deixamo-nos desesperar pela impotência de Paul em contrariar a horripilante situação em que se encontra...e Annie, Annie é a personificação da loucura! A sua falta de limites é assustadora e a sua imprevisibilidade absolutamente aterrorizante. Paul e Annie, ainda que no meio de tanta alucinação, são personagens cujo carácter é irrepreensivelmente desenvolvido ao longo do livro.
25/Fevereiro

Narrativa longa e complexa, Os Versículos Satânicos comporá de certeza um dos livros mais ambiciosos que já li… E um dos que mais me custou acompanhar.
Rushdie avança irreverentemente, em tom jocoso mas extremamente inteligente, por entre situações realistas e acontecimentos absolutamente absurdos, criando diversas e complexas camadas pelo caminho, servindo-se de vários personagens que entram e saem de cena sem descrição de passado ou prospeção futura, com o único obj
Toda esta loucura com significado obriga-nos a estar sempre atentos, tornando a leitura densa e cansativa… esta não é certamente uma leitura de recreio!
Adorei o humor extravagante justaposto com romance e tragédia; apreciei imenso aintelectualidade patente nas descrições mais loucas…mas estou muito, muito contente (e aliviada!) por ter acabado...
♥ Tenho andado bastante entretida com Paixão Proibida em Summerset Abbey, o segundo livro desta trilogia, e com Tenho o Teu Número, a minha estreia com Sophie Kinsella ᕙ(`▽´)ᕗ
Com essa mesma curiosidade veio o receio de que aquela manobra final, com a qual eu discordava completamente, tivesse apenas como objetivo despertar a abelhudice do leitor em relação ao segundo livro mas que seria desfeita na primeira oportunidade para voltar ao alinhamento «normal» da história, o que, na minha opinião, desacreditaria toda a história a nível de enredo. Fiquei então muito satisfeita quando percebi que isso não ia acontecer; muito pelo contrário, a autora não só manteve a dita pirueta intacta, como me convenceu de que era muito melhor assim!
A 3/4 do final o aborreci-me um bocadinho com os impasses mas, mais uma vez, T.J. Brown oferece-nos um final forte que nos deixa cheios de curiosidade para o terceiro livro!

Tenho o Teu Número é uma leitura muito leve e divertida. Poppy ganhou toda a minha simpatia, estive quase, quase a atirar o livro à parede no enervante penúltimo capítulo, mas Sophie Kinsella acaba por nos oferecer um final encantador… e espirituoso!

Achei o enredo fantástico!... a forma como a dupla de autores conseguiu manter o mistério bem conservado até quase ao final do livro pôs-me a roer as unhas - literalmente; a história sofre tantas reviravoltas e algumas delas são tão inesperadas que se torna impossível parar de ler o raio do livro!
A constante dissecação da mente humana só vem acrescentar ainda mais interesse à narrativa. De um lado temos mentes deturpadas sem aparente limite de crueldade e do outro temos pessoas bastante reais, com problemas, traumas e mágoas credíveis - uma família aparentemente comum que sofre com o afastamento provocado por sucessivas mentiras e traição. No meio de tudo isto encontramos Joona Linna, um detetive aparentemente obcecado em ter razão, do qual gostei imenso e que tem ainda bastante espaço para desenvolvimento.
Compreendo o que poderá levar as fãs deste subgénero literário a gostar de Cretino Irresistível porque possui vejo que possui os típicos elementos chave mas a mim, que quanto a este género sou uma mera curiosa, o livro não me satisfez. Posso acrescentar que já li eróticos muito mais interessantes, melhor desenvolvidos, com personagens bem mais cativantes e muito mais sensuais.
Provocante é uma coisa, vulgar é outra bem diferente… Um romance que se desenvolve por entre cenas eróticas é uma coisa, um livro com cena erótica atrás de cena erótica, atrás de cena erótica e sem história nenhuma que se veja é outra bem diferente. E, já agora, atração sexual é uma coisa, amor é outra muito, muito diferente!
A cada passo, Brontë vai esculpindo Jane,
enfatizando os seus defeitos como se quisesse levar-nos a desgostar dela, a
antipatizar com o seu feitio, mas conseguindo exatamente (e muito
inteligentemente!) o contrário.
Os cenários vão mudando, juntamente com as
personagens que rodeiam Jane e a própria se altera, desenvolve, amadurece.
Além da escrita que é para lá de formidável -
rica, melodiosa e poética - fiquei encantada, e devo admitir, surpreendida, com
o tom moderno da narrativa. Modernidade esta que se estende também ao tema
religioso e social, tendo em conta a época em que o livro foi escrito. A
Natureza, tal como em Emily Brontë, está sempre simbolicamente presente, pressagiando
ou simplesmente fabricando as fantásticas atmosferas que Charlotte nos cria
em Jane Eyre.
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