jan312014
2 O Que ando a Ler...Janeiro 2014
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O Que Ando a Ler

Preferidos do mês:
1. O Grande Gatsby: 5★
2. Johnny Got His Gun: 5★
3. Nove Mil Dias e Uma Só Noite: 5★
4. Só: 4★
5. Mariana: 4★
6. Sonhos de Papel: 4★
7. O Mundo Segundo Bob: 4★
30/Janeiro2. Johnny Got His Gun: 5★
3. Nove Mil Dias e Uma Só Noite: 5★
4. Só: 4★
5. Mariana: 4★
6. Sonhos de Papel: 4★
7. O Mundo Segundo Bob: 4★
Para terminar o mês escolhi um lançamento recente da Presença: Seis Anos Depois. Mais um livro que foi seleccionado para adaptação cinematográfica, com Hugh Jackman a desempenhar o papel principal.
Sem dúvida que o autor conseguiu
manter-me bastante interessada e entretida durante todo o livro, conferindo à
narrativa um ritmo formidável enquanto conserva o mistério e a intensidade do
mesmo bem até ao final, recheando-o com reviravoltas inesperadas mas tendo em
conta que Coben é um autor reconhecido e premiado e que se trata de um livro
cujo argumento está a ser adaptado ao cinema confesso que estava à espera de
melhor… a existência de demasiados clichés, especialmente na construção das
personagens e em alguns dos seus comportamentos, de algumas incoerências, de
tentativas de humor redondamente falhadas que acabam por descreditar a
narrativa e de um questionável nível de investigação por parte do autor levaram
a balança a pender um bocadinho para o lado do desagrado.
29/Janeiro
Para a última semana do mês escolhi dois romances lançados muito recentemente em Portugal, um pela ASA e outro pela Editorial Presença ... e foram duas excelente escolhas!
Escrito de forma excepcional, desenvolvido exclusivamente através de cartas trocadas entre os personagens, Nove Mil Dias e Uma Só Noite traduz-se numa narrativa dinâmica - dei por mim a ansiar por cada carta, a lê-las com o mesmo empenho e curiosidade que o verdadeiro destinatário!

Em suma, uma história intrigante e variada perpetrada por personagens fabulosas e escrita de forma primorosa e fluída.
...E como não consigo manter-me muito tempo afastada dos clássicos, tenho andado entretida com Jane Eyre...cujo arrebatamento compenso com o super intrigante Seis Anos Depois, um lançamento bem recente da Presença.
A Primeira Guerra Mundial tirou tudo ao jovem Joe resumindo-o a um anónimo desmembrado; um homem incapaz de qualquer acção, incapaz de qualquer acto de subsistência, incapaz de qualquer comunicação. Enfim, um morto…não fosse a sua lucidez. E pensar… pensar profundamente… ponderar…pode ser um dos piores castigos quando não há a possibilidade de outra distracção.
Ao longo das doces recordações ou lembranças mais amargas do passado, o terrível presente e uma visão pavorosa sobre o futuro, ficamos agarrados aos pensamentos de Joe do início ao fim; a percepção dele é a nossa…e essa é a única que temos.
A escrita é cativante na sua violência e brusquidão. O arrebatamento do discurso torna a leitura extasiante e leva-nos a sentir tão imiscuídos com Joe que a narrativa, com a sua cascata imparável de palavras e falta de vírgulas, torna-se muitas vezes sufocante.
…E quando Joe mergulha na demência, mergulhamos com ele.
Gostei imenso do tom honesto da narrativa; James assume as suas culpas e defeitos sem apelar desavergonhadamente à compaixão do leitor. O texto corre-nos à frente com bastante facilidade e agilidade e quando reparamos estamos já a apreciar os acordes finais.
James volta a mostrar que um gato pode ser bem mais do que um "animal de companhia"…pode ser um amigo verdadeiro e, se estivermos atentos, pode até ser o início da solução!
F. Scott Fitzgerald pintou um magnífico quadro do início do século XX ao descrever uma atmosfera urbana
moderna marcada pela especulação financeira, pela inovação tecnológica, pela corrupção e pelo consumismo extremo. A descrição de uma sociedade supérflua apostada na aplicação narcisista da sua riqueza, na exibição de liberdade e na frenética busca pela felicidade é soberba deixando ainda espaço para a demonstração da diferença entre classes sociais associadas também ao complexo racial.
moderna marcada pela especulação financeira, pela inovação tecnológica, pela corrupção e pelo consumismo extremo. A descrição de uma sociedade supérflua apostada na aplicação narcisista da sua riqueza, na exibição de liberdade e na frenética busca pela felicidade é soberba deixando ainda espaço para a demonstração da diferença entre classes sociais associadas também ao complexo racial.
…E num mundo de tanta realização industrial é também possível «criar» pessoas: e foi isso mesmo o que Gatsby fez com ele próprio! De origem humilde, Gatsby força a sua entrada numa sociedade à qual não pertence tornando-se para os que o rodeiam num homem misterioso sobre o qual são espalhados os mais variados rumores. Mas Gatsby personifica o que é estar só no meio de uma multidão: apesar das festas badaladas e de ter a casa constantemente cheia, nunca ninguém se aproximou o suficiente para o conhecer realmente, ninguém sabe da sua devoção e dedicação a uma única mulher - Daisy. Assim, ao enganar os outros, Gatsby engana-se a si próprio, correndo atrás de um sonho que já passou do prazo, perseguindo o seu verdadeiro amor enquanto vive uma mentira vazia.
A narrativa é belíssima, poética e pomposa mantendo-se, ainda assim, fluída e descomplicada. O Grande Gatsby é mesmo um Grande livro.
13/Janeiro
A Oficina dos Livros Proibidos não deixa de ser um óptimo trabalho de suposição sobre um tema muito interessante e com um enorme trabalho de investigação por trás.

Adorei todo o conceito e a forma como foi abordado e concluído: Julia e Mariana podem estar separadas pelo tempo mas estão bem unidas pela força do amor.
6/Janeiro

Sendo o terceiro livro que leio de Koomson, posso dizer que já
li melhor da autora. Não fiquei encantada com este
livro, como fiquei com os anteriores
("Um Erro Inocente" e "A Filha da Minha Melhor Amiga"),
mas é na mesma um óptimo romance que não
deixo de recomendar.
Por esta altura, o talento de Dorothy Koomson é
inegável e, mesmo que o conteúdo deixasse um bocadinho a desejar, é sempre um
prazer ler um trabalho desta autora.
2/Janeiro
E porque não começar o ano com poesia?!
Triste, melancólico e nostálgico, "Só" é um daqueles livros com capacidade para me tirar o fôlego com uma só frase certeira, criando contextos que me lançam numa exploração de mim mesma. Por vezes desesperado, por vezes cansado, António Nobre revela neste livro um assustador desprendimento à vida, um tipo de ideologia sinistramente interessante para quem lê.
Adorei este livro, não apenas pelas palavras que chegaram ao papel mas, e especialmente, pelo que elas nos deixam adivinhar sobre os sentimentos que viviam em quem as escreveu.
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Olá!!! Se o livro Sonhos de Papel é tão bom, porque deste apenas 4* e não as 5*????
ResponderExcluirOlá :)
ExcluirPorque as quatro estrelas são para livros que gostei muito mas as cinco gosto de guardar para aqueles MESMO especiais e únicos em alguma das suas facetas :) Sou forreta ;P