Reúno uns quantos pontos de frustração em relação a este livro:

Primeiro: provocante é uma coisa, vulgar é outra bem diferente… Um romance que se desenvolve por entre cenas eróticas é uma coisa, um livro com cena erótica atrás de cena erótica, atrás de cena erótica e sem história nenhuma que se veja é outra bem diferente. E, já agora, atração sexual é uma coisa, amor é outra muito, muito diferente!

Segundo, além de repetitivo, o livro foca-se em melodramas ridículos que servem apenas para preparar a próxima cena de sexo…e aqui voltamos ao mesmo ponto: não há enredo que se veja.

Terceiro, não há desenvolvimento das personagens, o que seria difícil dado que estas também não têm qualquer profundidade ou dimensão. Bennett e Chloe começam como terminam, apenas com o acréscimo da triste ilusão de que gostam verdadeiramente um do outro… Porque duas pessoas que se odeiam, discutem e atacam mutuamente sem desenvolver uma conversa propriamente dita que os faça mudar de ideias um sobre o outro, não se podem amar e ninguém me convence do contrário. Portanto temos antipatia -> sexo -> amor…e isto a mim só me confunde…ou leva a acreditar que há autores muito confusos em relação à construção de um romance.

Quarto, o diálogo é basicamente de má qualidade polvilhado com clichés mais do que explorados.

Quinto, a repetição das situações tendo como única mudança o cenário banaliza completamente os acontecimentos e o livro torna-se para lá de previsível.

Compreendo o que poderá levar as fãs deste subgénero literário a gostar de Cretino Irresistível porque possui vejo que possui os típicos elementos chave mas a mim, que quanto a este género sou uma mera curiosa, o livro não me satisfez. Posso acrescentar que já li eróticos muito mais interessantes, melhor desenvolvidos, com personagens bem mais cativantes e muito mais sensuais.

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