1 Austenlândia + Opinião
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3 estrelas,
Shannon Hale
Austenlândia é o primeiro livro da série Austenland, no original, seguindo-se Midnight in Austenland.
Austenlândia
Austenland #1
Jane Hayes é uma nova-iorquina de trinta e poucos anos que aparentemente não consegue ter sorte na sua vida amorosa. Não que isso pareça incomodá-la, já que nenhum homem poderá alguma vez sobrepor-se à sua obsessão secreta por Mr. Darcy, tal como foi encarnado por Colin Firth na adaptação da BBC de Orgulho e Preconceito.
Quando uma tia-avó lhe deixa em testamento umas férias em Pembrook Park, um lugar que proporciona a admiradores de Jane Austen a oportunidade de viverem durante algumas semanas como se estivessem em 1816, os seus sonhos parecem bastante perto de se tornarem realidade. Mas conseguirá a ilusão estar também à altura das suas expectativas?
Autor: Shanon Hale
Editor: Editorial Presença
Género: Romance
Páginas: 184
Original: Austenland (2007)
Jane tem 32 anos, trabalha em design gráfico numa revista, em Manhattan, e acumula vários relacionamentos falhados na algibeira… Parte desse insucesso deve-se à particularidade de nada na vida real lhe parecer à altura da ficção de Jane Austen. Jane adora o trabalho da sua homónima e tem uma obsessão especial pela adaptação da BBC de Orgulho e Preconceito, com Colin Firth… Jane vive, aliás, obcecada por Mr. Darcy e nenhum outro homem parece conseguir preencher os seus requisitos…e também não se pode dizer que eles estivessem realmente para aí virados…
Na esperança de que Jane encontre o seu Mr. Darcy ou que simplesmente consiga pôr para trás das costas estas fantasias e seguir com a sua vida, a tia Caroline deixa a Jane, em testamento, três semanas de férias pagas em Pembroke Park, onde todos fingem estar na Inglaterra de Austen…
Austenlândia é um romance leve, cómico e divertido. Cheio de artifícios, pretensões e mentiras, o enredo levou-me a debater para distinguir o que é «real» do que é ficção em Pembroke… A ideia de um local onde as pessoas iriam para se submergir no fabuloso período da Regência, para, no fundo, brincar ao faz de conta, cativou-me na sinopse e foi especialmente isso que me levou a querer ler o livro.
Entre episódios caricatos e envolventes, acompanhamos a sonhadora e romântica Jane que ora prega descomposturas a si própria pelo ridículo da situação em que se foi meter, ora se deixa levar pela magia da simulação. De forma brilhante e bastante sinóptica, a autora dá-nos a conhecer os desastrosos romances anteriores de Jane… e a sua hesitação entre dois pretendentes, torna o final bastante empolgante.
Apreciei bastante as recorrentes referências a uns quantos clássicos, não apenas de Austen, mas de outras autoras igualmente estimadas e adorei especialmente o cuidado que a autora teve na adaptação da sua escrita ao enredo «austeniano», mantendo na mesma um tom leve e divertido.
Uma análise superficial, que considero ser a mais adequada neste caso, permite-me apreciar e tirar prazer desta leitura. A própria autora deixa patente uma falta de seriedade na sua abordagem. Mas, indo mais a fundo, encontro uns quantos pontos de desagrado: Jane tem, na realidade, uma obsessão perturbadora e pouco saudável…é imatura e, independentemente de ser ou não bem sucedida noutras vertentes da sua vida, vive desesperada por romance. Pessoalmente, penso que a autora devia pelo menos ter-se deixado ficar por uma fixação pelos livros de Austen, reconhecidas obras-primas da literatura, deixando a série da BBC para trás; a obsessão por algo tão contemporâneo e mundano cortou bastante na minha empatia por Jane. Além disso, quando falamos de Pembroke, estamos a falar de um local onde mulheres endinheiradas vão para sair da rotina, onde actores são pagos para fingir que gostam delas e onde elas deliberadamente optam por comportamentos «infantilóides», o que, tendo em conta a idade destas mulheres, chega a ser inquietante.
Considero que Austen tenha sido para aqui chamada apenas pelo fascínio romântico pelos maneirismos e ditames da época já que em nada o surreal Austenlândia pode ser comparado com as formidáveis sátiras sociais de Austen. Mas o que deixou mesmo a sua marca negativa, para mim, foi o facto de Jane ter ido para Austenlândia com uma resolução específica, ter supostamente aprendido a lição e depois simplesmente borrifar-se para isso tudo. Claro, um final diferente teria sido romanticamente desapontante, mas o final escolhido invalida toda a suposta «moral» do livro.
Opinião:
My rating: 3 of 5 stars
Jane tem 32 anos, trabalha em design gráfico numa revista, em Manhattan, e acumula vários relacionamentos falhados na algibeira… Parte desse insucesso deve-se à particularidade de nada na vida real lhe parecer à altura da ficção de Jane Austen. Jane adora o trabalho da sua homónima e tem uma obsessão especial pela adaptação da BBC de Orgulho e Preconceito, com Colin Firth… Jane vive, aliás, obcecada por Mr. Darcy e nenhum outro homem parece conseguir preencher os seus requisitos…e também não se pode dizer que eles estivessem realmente para aí virados…
Na esperança de que Jane encontre o seu Mr. Darcy ou que simplesmente consiga pôr para trás das costas estas fantasias e seguir com a sua vida, a tia Caroline deixa a Jane, em testamento, três semanas de férias pagas em Pembroke Park, onde todos fingem estar na Inglaterra de Austen…
Austenlândia é um romance leve, cómico e divertido. Cheio de artifícios, pretensões e mentiras, o enredo levou-me a debater para distinguir o que é «real» do que é ficção em Pembroke… A ideia de um local onde as pessoas iriam para se submergir no fabuloso período da Regência, para, no fundo, brincar ao faz de conta, cativou-me na sinopse e foi especialmente isso que me levou a querer ler o livro.
Entre episódios caricatos e envolventes, acompanhamos a sonhadora e romântica Jane que ora prega descomposturas a si própria pelo ridículo da situação em que se foi meter, ora se deixa levar pela magia da simulação. De forma brilhante e bastante sinóptica, a autora dá-nos a conhecer os desastrosos romances anteriores de Jane… e a sua hesitação entre dois pretendentes, torna o final bastante empolgante.
Apreciei bastante as recorrentes referências a uns quantos clássicos, não apenas de Austen, mas de outras autoras igualmente estimadas e adorei especialmente o cuidado que a autora teve na adaptação da sua escrita ao enredo «austeniano», mantendo na mesma um tom leve e divertido.
Uma análise superficial, que considero ser a mais adequada neste caso, permite-me apreciar e tirar prazer desta leitura. A própria autora deixa patente uma falta de seriedade na sua abordagem. Mas, indo mais a fundo, encontro uns quantos pontos de desagrado: Jane tem, na realidade, uma obsessão perturbadora e pouco saudável…é imatura e, independentemente de ser ou não bem sucedida noutras vertentes da sua vida, vive desesperada por romance. Pessoalmente, penso que a autora devia pelo menos ter-se deixado ficar por uma fixação pelos livros de Austen, reconhecidas obras-primas da literatura, deixando a série da BBC para trás; a obsessão por algo tão contemporâneo e mundano cortou bastante na minha empatia por Jane. Além disso, quando falamos de Pembroke, estamos a falar de um local onde mulheres endinheiradas vão para sair da rotina, onde actores são pagos para fingir que gostam delas e onde elas deliberadamente optam por comportamentos «infantilóides», o que, tendo em conta a idade destas mulheres, chega a ser inquietante.
Considero que Austen tenha sido para aqui chamada apenas pelo fascínio romântico pelos maneirismos e ditames da época já que em nada o surreal Austenlândia pode ser comparado com as formidáveis sátiras sociais de Austen. Mas o que deixou mesmo a sua marca negativa, para mim, foi o facto de Jane ter ido para Austenlândia com uma resolução específica, ter supostamente aprendido a lição e depois simplesmente borrifar-se para isso tudo. Claro, um final diferente teria sido romanticamente desapontante, mas o final escolhido invalida toda a suposta «moral» do livro.
Midnight in Austenland
Austenland #2 - Não editado em Portugal
Quando Charlotte Kinder oferece a si própria uma viagem até Austenlândia, fica imensamente satisfeita por deixar para trás o seu ex-marido e respectiva maravilhosa nova esposa, os filhos e todos os outros elementos que compõem a sua vida na América. Charlotte instala-se numa casa de campo que permite aos hóspedes uma imersão na experiência Austen, com actores que completam as fantasias dos convivas.
À medida que os jogos de salão se tornam ligeiramente ameaçadores, Charlotte descobre que é preciso mais do que um bom espartilho para se manter segura. Será Mr. Mallery tão sinistro quanto parece? Qual será a misteriosa doença de Miss Gardenside? O cadáver que estava no sótão era verdadeiro? E, talvez a pergunta mais importante de todas, será a agitação no coração de Charlotte um sinal de amor verdadeiro?
Autor: Shannon Hale
Editor: -
Género: Romance
Páginas: -
Original: Midnight in Austerland (2012)
Sobre a Autora...
Shannon Hale é autora de vários best-sellers do género young adult. Hale também escreve livros para adultos, incluindo os dois que compõem a série Austenland.
A escritora vive com o marido, Dean Hale, perto de Salt Lake City, no Utah, juntamente com os seus quatro filhos.
Outros livros de Shannon Hale editados em Portugal:
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Bom dia tomei a liberdade de referenciar esta opinião no blogue Jane Austen Portugal: http://janeaustenpt.blogs.sapo.pt/
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