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Uma Villa em ItáliaQuatro pessoas aparentemente sem nada em comum vêem o seu nome mencionado no testamento de uma mulher que não conhecem. Quem foi Beatrice Malaspina e porque exige que compareçam na sua villa em Itália? Enquanto esperam pelas respostas, a magia do lugar começa a exercer os seus efeitos sobre eles: os frescos desbotados, os jardins exuberantes e a magnífica torre medieval não se assemelham a nada que já tenham visto. Aos poucos, quatro pessoas que sempre fizeram os possíveis por esconder os seus problemas descobrem que a mudança - e até mesmo a esperança - é possível. Mas a misteriosa Beatrice tem um segredo que os afectará a todos

Editor: Edições ASA (2008)
Páginas: 400
Original: The Villa in Italy (2006)


opinião



My rating: 3 of 5 stars

"Eram os pequenos nadas que faziam com que a vida valesse afinal a pena"
Nem sempre temos isto em mente; é comum os nossos pensamentos e capacidade para apreciar os 'pequenos nadas' estarem bloqueados pelas 'grandes complicações' da vida. Este é o caso do grupo de quatro desconhecidos convocados para a leitura do testamento de uma mulher sobre a qual nenhum deles alguma vez ouviu sequer falar - Beatrice Malaspina.

Quando chegam a Villa Dante, em Itália, os herdeiros são informados de que o codicilo que possui informação sobre a atribuição de bens terá que ser encontrado por eles próprios no prazo estipulado de 33 dias. Forçados a conviver, o grupo de desconhecidos acaba por se aproximar, descobrindo mais sobre a boémia Malaspina, sobre os outros membros do grupo e até sobre eles próprios.

O clima inicial de tensão é provocado pelos problemas e segredos do passado que cada um arrasta consigo para a Villa. Délia passou a vida em conflito com um pai ultra moralista, acabando por cortar relações com a família para poder seguir o seu caminho como cantora de ópera. Em oposição, o banqueiro Lucius vive ignorando os seus próprios desejos e paixão pela arte, de forma a fazer a vontade à família. A escritora de policiais Marjorie optou por um estilo de vida livre, contudo, não consegue sair da apatia que se instalou depois de um desgosto e escrever tornou-se impossível. Por último, o cientista nuclear George vive afogado em remorsos desde que ajudou na construção das bombas atómicas.

Enquanto as peças do puzzle deixado por Malaspina vão surgindo, levantam-se ainda mais questões. Apaixonada por arte, Malaspina pretende fazê-los ver que, em alusão ao trabalho de Dante, também a vida é composta por inferno, purgatório e paraíso. Finalmente, Lucius, Marjorie, George e Délia começam a perceber que nunca é tarde para começar de novo.

Apesar de ter gostado muito da história e da atmosfera misteriosa em que grande parte dela está submersa, acho que lhe faltou alguma intensidade. Aborreceu-me a indolência de algumas personagens mas, em compensação, gostei da inclusão de discussões interessantes que fariam sentido na altura do pós-guerra.



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