0 Imperatriz (Shan Sa)
Sinopse:
"Esta é a história da mulher que, no século VII, em
plena dinastia Tang, se tornou imperatriz Suprema da China, desafiando o poder
dos homens e os tabus de toda uma época.
Escolhida aos treze anos para servir de concubina na
Cidade Proibida, acabaria por marcar o seu tempo de forma fulgurante. Passou
pela guera e pela fome, conheceu as conspirações e as traições, tudo viveu e a
tudo sobreviveu. Aos 29 anos, recebeu o título de Imperatriz, tomando o lugar
do Imperador na Alvorada dos 50. Com ela, e através dela, a China viveu um dos
períodos mais esplenderosos da sua civilização. Para Shan San, autora de
"A Jogadora de Go", contar esta aventura épica e intimista foi também
uma maneira de reencontrar o fulgor esquecido da história do seu país."
Autor: Shan Sa
Editora: Editorial Notícias (2004)
N. Páginas: 364
Título Original:
Cotação: 1*
A Minha Opinião:
Imperatriz oferece-nos
uma visão muito pessoal e íntima desta mulher - a primeira imperatriz suprema
da China! A protagonista é, definitivamente, uma figura de extrema importância
histórica, embora transpareça como uma mulher maliciosa na sua ambição pelo
poder e gananciosa no seu empenhamento político.
É de forma minuciosa e detalhada que Shan Sa desvenda os
segredos da Cidade Proibída da China - a opulência e luxo em que a realeza
vivia em contraposição com a vida de pobreza e miséria levada pelo povo; as fúteis
querelas entre as mulheres do imperador, que lutavam por atenção e destaque; as
intrigas e os elaborados esquemas de traição; as tradições e os rituais da época…
Contudo, e penso que tal se deve à veia poética de Shan Sa, embora
escrito de forma bonita e com recurso a linguagem muito opulenta, a autora
exagerou no sentido de querer dar ao livro um compasso poético e melodioso,
acabando por tornar a leitura fatigante e monótona. O ritmo do livro é demasiado
lento e a preocupação com a escrita propriamente dita tirou emotividade à
narrativa. Tal também se poderá dever, claro, à própria personalidade da
imperatriz: fria e calculista.
O nível de pesquisa que terá sido encetado para a composição
deste livro é extraordinariamente profundo, a personagem é interessantíssima,
tal como a história, o período histórico é bastante rico e atraente, contudo,
Shan Sa deveria separar melhor os seus trabalhos: escrever poesia não é o mesmo
que escrever romance, e o tom poético numa leitura deste tamanho pode arruinar
toda a obra.
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