Destaques

4 Trilogia A Estirpe

A Estirpe (Trilogia A Estirpe #1)

«Uma Estirpe maldita está a propagar-se em todo o mundo. Deixe-se contagiar por este vírus! 

Os vampiros sempre estiveram aqui.
Em segredo. Na escuridão. À espera.
Agora, chegou a sua hora.
Numa semana, Manhattan vai desaparecer.
Num mês, os Estados Unidos da América.
Em dois meses, o mundo inteiro.»


Sinopse:
«Um Boeing 777 proveniente de Berlim aterra no aeroporto JFK e, de repente, pára na pista. As janelas estão fechadas. As luzes estão apagadas. Ninguém responde às chamadas da torre de controlo. Nenhum passageiro atende o telemóvel. Parece que o avião deixou de existir… O que os investigadores encontram lá dentro gela-lhes o sangue. 
O que ao princípio parece apenas um vírus altamente contagioso revela-se uma ameaça aterradora. Os vampiros estão de volta e estão sedentos de sangue. A epidemia vampírica propaga-se a uma velocidade vertiginosa e, ao cabo de poucos dias, invade toda a ilha de Manhattan. Mas isto é apenas o começo. Porque existe um plano sinistro para conquistar rapidamente todo o planeta. 
Guillermo del Toro, visionário realizador, e Chuck Hogan, escritor premiado, conjugam imaginações neste romance arrojado e épico sobre uma assustadora batalha entre homens e vampiros que ameaça toda a Humanidade.»

Autores: Guillermo del Toro e Chuck Hogan
Editora: Suma de Letras (2009)
Original: The Strain (2009)
Páginas: 560 




Frases Preferidas:
«A raiva nunca é cega. A raiva é excepcionalmente focada num único ponto.» 
«Amor não se conjuga no passado. Ou se ama para sempre ou nunca se amou verdadeiramente.» 


O Ocaso (Trilogia A Estirpe #2)

Sinopse:
«Nova Iorque. Uma estirpe misteriosa transforma os habitantes da cidade, um a um, em vampiros. O vírus tomou conta da cidade, está a espalhar-se pelo país e ameaça o resto do mundo. Apenas um pequeno grupo tenta lutar contra os monstros sedentos de sangue que vagueiam pelas ruas da cidade. Entre eles está Eph Goodweather, o médico que consegue finalmente identificar o parasita que causa a infecção. Mas pode ser demasiado tarde. Com o futuro do mundo em jogo, Eph, também ele vítima pessoal da batalha entre vampiros, tem de inspirar a sua equipa a combater as forças do Mal, porque o destino que os vampiros reservam para os humanos é ainda pior do que a aniquilação total. Terá chegado o momento do ocaso?»




Autores: Guillermo del Toro e Chuck Hogan
Editora: Objectiva
Original: The Fall (2010)

Páginas: 560







A minha opinião (2 primeiros volumes):

A trilogia A Estirpe devolveu aos vampiros a sua verdadeira essência! 

Misturando uma boa dose de misticismo com os tempos modernos, del Toro e Hogan criaram uma obra fresca, sombria e intensa como poucas outras. 

O conceito pode não ser novo mas a forma como o livro está escrito torna-o incrivelmente bom! A tentativa de dar ao livro uma visão mais realista está muito bem conseguida pelos autores e enriquece a história. O vampirismo é comparado a uma infeção viral e a magnífica descrição detalhada do que esta faz ao corpo humano, atuando assim como uma ameaça biológica. 

A passada rápida com que a narração se desenvolve contribui para a componente assustadora e enervante; sem as vulgares descrições detalhadamente inúteis. Regra geral, a alteração súbita do ponto de vista de uma personagem para outra deixa o leitor à deriva na história e torna a leitura muito cansativa mas del Toro e Hogan fazem-no vezes sem conta neste livro, e sempre com imenso sucesso, aumentando ainda mais o suspense. 

Dificilmente se encontra um livro tão emocionante como este. A experiência de Guillermo na vertente horror/suspense está bem patente no livro, com uma narrativa muito cinematográfica que difunde imagens vívidas pelo leitor. 

Apesar de alguns clichés, a criatividade dos autores não deixa de ser fascinante. A elevada quantidade de personagens torna complicada a associação entre o que se está a ler e o que já se leu, de forma a conseguir identificar determinada personagem na trama, mas à medida que a história avança esta dificuldade vai-se esbatendo até desaparecer por completo já que estas personagens estão todas bem presentes na história e não passa muito tempo sem que ouçamos falar delas na trama - mais uma vez, a alternância relativamente súbita e bastante frequente entre pontos de vista funciona muito bem para este livro. 

O problema com este livro é mesmo não conseguir parar de o ler e sofrer por antecipação a cada parágrafo que passa, à medida que vamos avançando na história com uma espécie de fascínio horrorizado. 



A Noite Eterna (Trilogia A Estirpe #3)

Sinopse:
«A noite pertence-lhes, e será uma noite eterna! 
Após as explosões, tudo acabou. O Inverno nuclear instalou-se na terra. 
Exceto por uma hora de luz solar por dia, o mundo inteiro está mergulhado da escuridão. Um ambiente quase perfeito para os vampiros. 
Eles ganharam. É o tempo deles. 
Quase todos os homens, mulheres e crianças têm sido escravizados em vastos campos em todo o mundo. Tal como os animais, são cultivados, colhidos para o prazer doentio do Mestre. 
Mas nem todos. Em algum lugar lá fora, escondendo-se para sobreviverem, encontra-se uma rede desesperada de seres humanos livres que continuam a aparentemente inútil resistência. Pessoas comuns, sem outra opção, como o Dr. Ephraim Goodweather, o seu filho Zack, o exterminador veterano Vassily e Gus. 
Para serem livres, precisam de um milagre, precisam de intervençao divina. Mas a Salvação pode ser um jogo retorcido - um em que eles podem ser jogados como peões na batalha entre o Bem e o Mal. E a que custo?»


Autores: Guillermo del Toro e Chuck Hogan
Editora: Objectiva

Género: Ficção
Páginas: 482
Original: The Night Eternal (2011)


A minha opinião

Dois anos volvidos, o sucesso do Mestre reflecte-se na organização e dispersão dos strigoi por todo o planeta, com o vírus do vampirismo a colonizar a raça humana. A luz do dia desapareceu, a escuridão é quase ininterrupta. Neste cenário apocalíptico, os humanos foram reduzidos à condição de gado, com as suas rotinas diárias, equilíbrios hormonais e reprodução bem regulados pelos vampiros. Encerrados em campos de concentração e tratados como escravos de uma raça superior. «(…) a morte já não era necessariamente o ponto final na existência humana.» 

Todos os que foram transformados obedecem cegamente ao Mestre, unos com ele nas suas pretensões…Os que não foram transformados servem apenas para fornecimento de alimentação aos strigoi, colaborando com eles e vergando-se às suas vontades neste novo mundo…E os que não se juntaram à causa são os vermes, a anomalia do sistema. 

Nora, Fet, Eph e Gus continuam a ser dos poucos resistentes… 

~*~*~*~*~* 

Estas serão certamente as condições mais morbidamente estranhas para encontrarmos um triângulo amoroso. Temos um herói cheio de defeitos, o que é raro, quase sempre artificialmente estimulado via comprimidos ou bebida alcoólica que actua como um dos arquitectos da escassa resistência humana e que luta pela libertação de um filho que sofre de Síndrome de Estocolmo…Temos uma mulher forte e determinada que luta para manter a mãe, vítima de Alzheimer, viva num mundo onde os idosos não têm mais lugar…E um exterminador de ratazanas que mudou a sua actividade de combate para espécimes bem maiores…usando armas bem maiores, de calibre nuclear! Fora disto, temos um mexicano completamente varrido das ideias que conserva a mãe transformada, que se «parece com o Power Ranger pornográfico mais feio deste mundo», aprisionada na cave… Ah e um híbrido vampiro/humano que luta pela Humanidade…E se este ramalhete não é interessante…então não sei o que mais será! 

Lamentavelmente, os diálogos são fracos e parece haver sempre um irritante desentendimento entre todas as personagens - o que até é compreensível dado o ambiente hostil em que são obrigados a (sobre)viver. 

Todo o conceito criado e aprofundado nos dois primeiros livros desta trilogia é muito interessante, daí as minhas (mais do que) elevadas expectativas em relação ao terceiro e último livro: «A Noite Eterna». 

Infelizmente, as minhas expectativas não se viram satisfeitas…o fim acaba por ser desilusivo e insatisfatório, especialmente para a conclusão de uma trilogia que começou com tanta possança e originalidade. A narrativa continua a ser arrepiantemente gráfica mas os autores não conseguiram manter a energia vibrante que caracterizou «A Estirpe» e «O Ocaso», aquela coacção electrizante para ler tudo de uma assentada, a ansiedade gerada ao longo do desenvolvimento da trama e a sensação de libertação quando finalmente nos era permitido respirar livremente sempre que as personagens saiam de uma qualquer (grandessíssima) alhada. 

Considero que «A Noite Eterna» apenas vale a pena porque coloca um fim na história que temos vindo a acompanhar…mas seria muito mais interessante se o epílogo fosse mais extenso e detalhado. Parece que tudo termina e fica resolvido de forma abrupta e demasiado rápida…demasiado comum. 

Estava à espera de mais, especialmente porque ADORO o género Terror e também porque admiro imenso o trabalho de del Toro…(quer dizer…ainda estou a tentar perceber que raio queria ele com aquele «Não Tenhas Medo do Escuro»…mas enfim, ninguém é perfeito). 


Frases Preferidas: 
«A borboleta não se detém a contemplar a lagarta que foi um dia, seja com ternura ou melancolia. Limita-se simplesmente a voar.» 

«O seu coração não é complicado. Sabe o que sabe e age de acordo com isso. É difícil encontrar maior sabedoria que essa.» 

«-Não gosto dele - disse Gus. - Nunca gostei. O tipo queixa-se daquilo que não tem, não se apercebe do que tem e nunca está contente com nada. É aquilo a que se chama…qual é a plavra?
- Um pessimista? - sugeriu Fet.
- Um cara de cu - respondeu Gus.» 

«Passaste metade da tua vida a lutar contra os arrependimentos. A compensar o passado em vez de fazeres as coisas bem feitas no presente. (…) Achas que se te esforçares suficientemente consegues reparar as coisas que estragaste, em vez de teres cuidado com elas quando ainda estão inteiras.» 

«(…) a vitória é tão grandiosa quanto o inimigo que enfrentamos.» 

«Olhando para trás, para a nossa vida, vemos que a resposta para tudo foi o amor.»

Notícia: Adaptação da trilogia «A Estirpe» a série televisiva



4 comentários:

  1. Eu gostei da trilogia, mas o último capítulo desiludiu-me um pouco. Atenção que tem spoilers!
    Uma história que começa por considerar o vampirismo uma doença, e cujos personagens principais são cientistas do CDC, levaria a crer que a existir uma solução para o problema dos vampiros, essa solução fosse na área da ciência. Quando percebi que o Occido Lumen não tratava realmente de metáforas nem tinha verdadeiramente informação científica, e a história dos vampiros tem origem na religião...fiquei muito desapontado. Preferia que tivessem deixado em aberto a origem dos vampiros. Cada um acreditasse no que quisesse; assim...enfim.
    Mas gostei muito dos dois primeiros.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu adorei o primeiro, gostei bastante do segundo mas no terceiro acho que se perderam um bocadinho no conceito que tinham criado nos livros anteriores.
      Também fiquei muito desiludida com as revelações que o terceiro livro veio acrescentar, o que é muita pena porque esta era uma trilogia que tinha tudo para ser excelente do princípio ao fim.

      Excluir
  2. Eu já tinha começado a ler esta coleção antes da série estar a passar na FOX. Os livros são muito envolventes e a série está muito bem conseguida ( pelo menos a 1ª temporada). Estou a gosta muito. Ao estar a ver agora a série, admiro como conseguiram tão bem passar do papel para a pequena tela tudo o que está escrito. É incrível como consigo reviver tudo o que li....Só me falta ler o 3º vol, que também estou desejosa para ler. Como opinião pessoal, e para quem gosta deste tipo de livros, vale apena ler esta triologia que é bem fixe. Guillermo Del Toro e Chuck Hogan são dois autores de excelência....!!!!!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu também vejo a série e estou a adorar!... Estou desejosa que regresse!
      Gosto muito do trabalho de Del Toro e foi isso que me levou a ler esta trilogia.
      Pelo que eu li ele tinha intenção de fazer uma série mas como ninguém ligou à ideia optou por escrever os livros. Como teve sucesso acabaram por fazer a série. Agora temos livros e série é fenomenal!! :))

      Excluir