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A Conspiração de Papel

Benjamin Weaver #1
A morte de um judeu português na Londres do séc. XVIII revela uma conspiração que ameaça o futuro da própria Inglaterra Benjamin Weaver, judeu português, detective, espadachim e um famoso ex-boxeur, move-se com maestria e confiança na Londres do século XVIII. Trabalhando para clientes aristocratas na cobrança de dívidas difíceis, vive afastado da família devido à má relação com o seu pai, um abastado investidor da bolsa. Mas quando este é brutalmente assassinado, não pode ficar de braços cruzados.

Descendo ao submundo do crime londrino, Weaver ziguezagueia entre bordéis, cervejarias, prisões e casas de jogo, para descobrir uma conspiração que o ameaça não só a si, mas também à própria Inglaterra. Um romance histórico fascinante, A Conspiração de Papel arrebata os leitores, página atrás de página, com um enredo envolvente e personagens apaixonantes de um período único da História.


Autor: David Liss  
Editor: Saída de Emergência (Fevereiro, 2016)*
Género: Romance
Páginas: 496
Original: A Conspiracy of Papel (2000)  
*Reedição

opinião
✰✰

Benjamin Weaver, judeu de ascendência portuguesa, ex-pugilista, conta-nos como, em 1719, se viu a braços com a investigação do (possível) assassinato do próprio pai. Pouco estudioso e sem interesse algum nos negócios do pai, há muito que Weaver virou as costas à família e aos rituais do seu povo... até agora. Apesar de o mundo do crime fazer parte do seu curioso meio de subsistência, Weaver não estava preparado para a complexidade desta investigação. 

Com as suas pesquisas Weaver acaba por expor homens muito poderosos e coloca a sua própria vida em perigo. Parece existir todo um jogo de interesses por detrás desta investigação e, embora pense agir de livre arbítrio, as acções de Weaver estão a ser meticulosamente manipuladas. Podemos dizer que a investigação não lhe corre muito bem...

O que também não correu muito bem foi a minha leitura de A Conspiração de Papel; demorei imenso tempo para ler este livro e grande parte desse mesmo tempo passei-o enfadada tanto com a história como com as personagens que nela participam.

Não duvido que A Conspiração de Papel agrade a muitos outros leitores até porque vejo o interesse de alguns dos temas abordados como (1) a apresentação  do mercado financeiro de Londres numa época em que o dinheiro estava a ser substituído pela 'promessa' de dinheiro, surgiam novos mecanismos financeiros e florescia o comércio internacional. Vários homens enriqueceram muito com pequenos investimentos - facto que viria a mudar drasticamente em 1720. (2) A discrepância social entre ricos e pobres, muitos deles empurrados para o crime ou para a mendicidade como única solução e (3) o modo como os judeus eram tratados em Londres no início do século XVIII, sendo vistos ou como mendigos repugnantes ou como maquinadores perigosos, os judeus eram colocados à margem e tratados com desconfiança.

No entanto, estes tópicos não foram suficientes para que eu me empenhasse na leitura. Além disso, os acontecimentos desenvolvem-se muito lentamente e desagradou-me o elevado número de peças de informação não relacionadas e o elevado número de suspeitos.

As aventuras de Weaver continuam em livros que se seguem a este, mas pelo menos para já não estou nada interessada em acompanhá-las. 


Benjamin Weaver
TítuloLivro n.ºEdição PortuguesaPublicação Original
A Conspiração de Papel
1✓ 
O Grande Conspirador
2Saída de Emergência 2007✓ 
A Companhia do Diabo
3✓ Saída de Emergência 2011✓ 





David Liss é licenciado em Literatura Inglesa pela universidade de Columbia. O Mercador Português é o seu segundo romance, depois do sucesso de A Conspiração de Papel. Ambos os romances históricos arrebataram a crítica e venceram diversos prémios, entre eles o Edgar, o Barry e o Macavity. O seu terceiro romance histórico, O Grande Conspirador, tornou-se um best-seller, e David Liss retomou a personagem de Benjamin Weaver, em 2009, com A Companhia do Diabo. O autor vive com a sua mulher e filha em San Antonio, EUA, onde já escreveu outros romances igualmente aclamados pela crítica.



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