A honestidade de Bukowski é brutal e o seu humor cáustico. As coisas que viveu e que descreve — pobreza, vício e transgressão, mulheres caprichosas e ressacas infernais — são o combustível de uma das escritas mais cativantes, criativas e chocantes do século XX.
   A mulher mais bonita da cidade é o conto que dá o nome a esta espiral de histórias que atiram o leitor para o submundo das cidades americanas. Um mundo de alcoólicos, vagabundos e vigaristas onde o sexo e a violência dominam e se confundem e onde a mulher mais bonita da cidade abusa da bebida e se mete em desacatos. Um mundo de luz e de sombra, como o que Bukowski viveu e fez questão de retratar na sua ficção, sem moralismos nem preconceitos.