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0 O que ando a ler...Outubro





Resumo:
  As escolhas de Setembro podem ter sido muito boas, mas as de Outubro foram não só boas mas também bastante recentes
O meu preferido do mês foi, sem dúvidaA Promessa, de Lesley Pearse, que continua a fantástica e sofrida saga de Belle, agora em 1914 com a guerra, e as suas vis consequências, à porta. Num registo bem diferente, o policial Quando o Cuco Chama surpreendeu-me...e muito positivamente! Ainda mais do que o misterioso caso em mãos, intrigou-me o personagem Cormoran Strike e a sua nova ajudante, Robin.
O final de As Mulheres de Summerset Abbey, o romance histórico que dá início à trilogia, não me podia ter deixado mais desesperada pela continuação! E, bem mais contemporâneo, Um Erro Inocente, da fantástica Dorothy Koomson, fez-me vibrar do início ao fim...
A agitação do mês continuou com o fenomenal thriller Traição. Uma óptima combinação entre bom argumento, boa escrita e pormenores fascinantes sobre a espionagem.
Foi super divertido ler  Acasos Felizes, de Jill Mansell, contrabalançando com o emotivo Cartas da Nossa Paixão que me levou a ponderar e perspectivar. 
Não desgostando de todo, Austenlândia foi, no entanto, o que menos gostei de ler este mês - um romance bastante divertido que embora seja contemporâneo nos leva aos tempos de Austen...mas com uma mentalidade bem actual!

Preferidos do Mês:  
1. A Promessa: 5★
2. Quando o Cuco Chama: 4★
3. As Mulheres de Summerset Abbey: 4★
4. Um Erro Inocente: 4★
5. Traição: 4★
6. Acasos Felizes: 4★
7. Cartas da Nossa Paixão: 4★
8. Austenlândia: 3★

29/Outubro:
  Uma vez que, neste caso, não estou aqui a avaliar o valor literário da coisa, posso sumarizar a minha
opinião sobre Acasos Felizes numa simples afirmação: diverti-me à brava com este livro!
  Mais uma vez, Jill Mansell construiu as mais hilariantes peripécias a partir de simples momentos do quotidiano, transformando Acasos Felizes num livro que se lê por pura diversão. 
  Não sendo muito diferente dos seus outros trabalhos, este livro tem no entanto um enredo menos confuso que o habitual, o que facilita bastante a leitura, e tem ainda dois acréscimos valiosíssimos - os filhos de Lottie. Esta dupla de pestinhas, terríveis e adoráveis ao mesmo tempo, trazem ainda mais animação à narrativa.

25/Outubro:
  A história de Belle é certamente uma das mais inspiradoras, apaixonantes e comoventes que já li. Se Sonhos Proibidos serviu para nos apresentar Belle, A Promessa serve para a ver amadurecer.
  Um dos grandes trunfos deste livro é o carácter da própria protagonista - uma mulher memorável, inteligente, cheia de imaginação e força. Outra vantagem, será o conflituoso período histórico, só por si interessantíssimo e que acaba por condicionar todo o desenvolvimento da narrativa. E o último trunfo é, sem dúvida, o talento inato da escritora que recorreu a toda a sua experiência e competência para nos pintar uma saga épica, maravilhosamente complexa e intrincada.


  Traição é um excelente bilhete de entrada no mundo da espionagem!
  O autor, Jason Matthews, pode não ter ainda a experiência mas tem certamente a fluência e a inteligência para criar um óptimo thriller. As descrições são directas e eficientes e os interessantíssimos pormenores oferecidos só podiam advir de um excelente conhecimento profissional e experiência pessoal.

21/Outubro:
  Austenlândia é um romance leve, cómico e divertido. Cheio de artifícios, pretensões e mentiras, o enredo
levou-me a debater para distinguir o que é «real» do que é ficção em Pembroke… 
  Entre episódios caricatos e envolventes, acompanhamos a sonhadora e romântica Jane que ora prega descomposturas a si própria pelo ridículo da situação em que se foi meter, ora se deixa levar pela magia da simulação. De forma brilhante e bastante sinóptica, a autora dá-nos a conhecer os desastrosos romances anteriores de Jane… e a sua hesitação entre dois pretendentes, torna o final bastante empolgante.

17/Outubro:
  Depois de ler a sinopse de Cartas da Nossa Paixão fiquei imediatamente interessada em lê-lo mas, de tudo o que me deixava adivinhar este resumo, houve um "elemento" que eu não planeava encontrar ou, pelo menos, não com tanto destaque: Deus!… Este é um livro muito religioso, com personagens crentes em Deus e que depositam n'Ele muita fé. Actualmente, esta «componente» é rara na literatura, pelo menos fora dos livros de desenvolvimento pessoal/espiritual ou thrillers de conspiração…Contudo, embora me tenha parecido uma "participação" um bocadinho exagerada, esta não me incomodou de todo pela sua ausência nos livros que tenho lido.
   Cartas da Nossa Paixão traz-nos uma história sobre mudanças profundas, em como há sempre esperança para melhorar e crescer, em como podemos procurar redenção e encontrar perdão. As personagens agem como instrumentos de Deus, recorrendo a Ele para instrução e agindo de acordo com o que Ele esperaria. Pessoas magoadas procuram magoar outras e isso acaba muitas vezes por sabotar a própria felicidade...


  O talento de J. K. Rowling é, há muito, inegável. E Quando o Cuco Chama é mais uma prova disso. 
  O detalhe que aplica nas descrições das suas personagens, recorrendo a características externas, passíveis de observação, que nos permitem concluir um bocadinho sobre os seus caracteres, é extraordinário. Ao criar múltiplos suspeitos, Rowling mantém-nos agarrados à narrativa, em busca de qualquer indício que nos posso levar a concluir sobre a identidade do assassino, qualquer pormenor que desvende o caso.
  Gostei imenso dos nossos investigadores, Strike e Robin, ambos com personalidades que são uma mais-valia para a história em si. E enquanto Strike se prepara para as consequências de ter terminado o relacionamento e Robin para o produto do descontentamento do noivo em relação ao seu novo trabalho, Rowling vai deixando pontas soltas e alvos de interesse que me deixaram a ansiar pelo próximo livro

09/Outubro:
  Koomson é absolutamente fenomenal em Um Erro Inocente!
  O nível de distinção que a autora conseguiu alcançar entre as personalidade de Poppy e Serena é brilhante.
  Ao ser relatada na primeira pessoa do singular, a história destas duas mulheres envolveu-me completamente.
  Gostei muito deste conjunto de personagens, cheias de falhas realistas, e apreciei a forma como a escritora destaca a imperfeita dinâmica familiar que subsiste sempre, por muito amor e admiração que exista entre os seus membros.
  Concluindo, adorei este livro e recomendo, recomendo, recomendo!

3/Outubro:
  Não podia ter começado melhor! As Mulheres de Summerset Abbey é o livro que dá início a uma das séries que estou empolgadíssima para continuar a acompanhar!
  Gostei imenso da abordagem escolhida pela autora, seguindo simultaneamente as três jovens. Ao longo da narrativa fui ganhando afeição a cada uma delas (por motivos bem diferentes) e pelos respectivos interesses românticos que desenvolvem.
  A época histórica é, só por si, muito interessante e gostei muito da forma como a autora montou e desenvolveu o enredo, enriquecendo-o com pormenores preciosos. Mais que tudo, adorei o final abrupto que me deixou pendurada na história, no meio de todas as possibilidades criadas a partir de uma reviravolta inesperada e tumultuosa… Um assombro que me deixou a pairar sobre o derradeiro ponto final durante alguns segundos.


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