Em 1535 um fidalgo português reúne sua família, agregados, colaboradores e aventureiros e os conduz na busca de seus destinos numa capitania hereditária, Arcádia remota situada no longínquo Brasil. No entanto, o novo mundo que acredita possuir tem um dono: o chefe de uma tribo indígena, que resiste até o fim. 

  No embate entre ambos delineiam-se uma galeria de protagonistas tomados do desejo de viver à procura de sua felicidade, envolvidos pelo processo que controla suas vidas no teatro do mundo. Amor, ódio, cobiça e poder se ocultam nessa Arcádia tropical cujos segredos, alguns imaginários, desvendam a realidade conflituosa da existência moderna. 

  A narrativa encena o desdobramento de Portugal no mundo e o surgimento do Brasil, atestando o poder das mudanças da modernidade que, se desfez o antigo, irá impor o novo sem se importar com os custos humanos e ambientais desse procedimento.