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0 O Agente da Catalunha

Quando a Europa é surpreendida pelo começo da guerra civil de Espanha e, inconsciente, prefere manter-se à distância, não percebendo que faiscava ali o negrume nazi, a Catalunha vive momentos de entusiasmo e é apontada como um farol de esperança ao derrotar as tropas franquistas. 
Jorge, o português, torna-se Jordi, o miliciano, e encontra nas barricadas, mais do que uma razão de viver, uma razão de amar a liberdade na figura de Alba - a bela e indomável guerrilheira catalã, mulher livre como o vento e que nenhum homem ou lei parecem poder alguma vez vergar. Enviado de novo à sua Lisboa natal numa missão de destruição do fascismo e da aliança política entre Franco e Salazar, Jordi volta a ser Jorge e, entre explosivos, flores e um plano de atentado ao ditador português, descobre-se prisioneiro de Isaura, cuja aparente doçura mal esconde uma obstinação e uma vontade férrea em desbravar os horizontes que lhe foram vedados. 
Numa Lisboa onde política, guerrilha e espionagem traçam os rumos da Europa, Cesário Borga coloca o seu conhecimento da história portuguesa e espanhola do século XX ao serviço de um talento literário surpreendente, que envolve o leitor numa história trepidante e inesquecível, onde a liberdade é uma força romântica capaz de abrir todas as prisões.


Autor: Cesário Borga
EditorEditorial Planeta (Outubro, 2012)
Género: Romance
Páginas: 292





✏ Os anos como correspondente da RTP em Espanha (1998-2005) permitiram a Cesário Borga (Torres Novas, 1944) uma relação muito pessoal com os grandes momentos da história recente daquele país, entre os quais a guerra civil, uma ferida que continua aberta, tal como as ondas de choque desse acontecimento com Portugal. O fascínio pelas histórias dentro da História resulta da eterna obsessão de um repórter com mais de 40 anos de actividade, desde os tempos da Flama no final dos anos 60, às passagens por A Capital (1970), Diário de Lisboa (1972), O Jornal (1980), à televisão (1974-2010), onde a pesquisa, a acção, a modelação das imagens e dos sons estiveram sempre dirigidas para a produção de notícias e reportagens. Pelo mesmo diapasão se orientaram outras aventuras: a participação como guionista na longa-metragem Solo de Violino, de Monique Rutler (1990), a co-autoria do livro O Movimento dos Capitães e o 25 de Abril (1974 e 2001) e a participação em trabalhos de investigação sociológica, no ISCTE, sobre o perfil dos jornalistas portugueses.


Ethel - Amanhã em Lisboa - Editorial Planeta 2014  O Agente da Catalunha - Editorial Planeta 2012


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