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0 O Autor: W. Bruce Cameron

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«Sempre adorei cães, o que me põe numa categoria única, juntamente com quê, talvez dois ou três biliões de pessoas? 
O que não há para amar num animal que ficará sentado na nossa sala de estar durante todo o dia, à espera que voltemos para casa, e mesmo que precisemos de trabalhar até tarde e depois parar para uma bebida para aliviar o stress a caminho de casa, quando destrancamos a porta de casa, ele estará absolutamente feliz por nos ver? Como poderíamos não adorar um animal que sente quando o nosso dia não está a correr bem e tenta animar-nos, deixando cair no nosso colo uma bola de ténis encharcada? 
Tinha provavelmente oito anos quando estava a brincar no quintal da nossa casa em Prairie Village e o meu pai abriu o portão deixando entrar um cachorrinho Labrador, com nove semanas de idade. Deixei-me cair sobre os joelhos e abri os braços e aquele cão saltou para eles como se nos amássemos durante toda a nossa vida. É uma cena que faz parte do livro «Teu Para Sempre» - um cachorro e um cão que se conhecem pela primeira vez, ambos cheios de alegria. 
Demos o nome de Cammie à cadela. Ela entrou na minha vida quando eu estava a começar a juntar os pontos na minha memória para formar a imagem de quem eu era, formando a minha identidade enquanto criança. Lembro-me de todos os joelhos esfolados e de todos os passeios de bicicleta com Cammie, que sempre esteve lá para mim. E perdi-a quando começava a deixar a infância para trás. Esta é Cammie, a cadela da minha infância. 
Anos mais tarde, estava a andar de bicicleta nas montanhas for a de Pine quando, por sorte, optei por seguir um trilho que me levou a uns ranchos e uma pequena casa perto de uma enseada, afastada da estrada a uns 50 metros. Um único "woof" proveniente de um cão chamou-me à atenção, e eu travei a bicicleta ficando parado a perscrutar o ar limpo e seco, a ver o cão. 
Ela estava presa a uma corrente, na casa, e uma cerca interpunha-se entre nós por isso permaneci na estrada apesar de conseguir ver que o cão, uma mistura de lavrador preto, com uma cauda loucamente ativa, era claramente amigável. Fiquei a olhar para ela e a cadela, atenta, continuou a olhar para mim exatamente da forma como a minha primeira cadela fazia, Cammie, a olhar para dentro de mim. 
E foi aí que o pensamento me atingiu. E se esta magnífica cadela era Cammie? E se os cães vivessem uma e outra vez, e sempre nos recordassem? 
Descartei o pensamento, acenei à cadela, e pedalei para longe, mas dias mais tarde a ideia regressou à minha mente. E se? 
Tenho sido escritor toda a minha vida, mas nunca escrevi nada tão importante quanto «Teu Para Sempre». 
Não posso prometer que este livro irá levá-lo a amar mais o seu cão - como poderá fazer isso? Mas posso dizer-lhe o que muitas pessoas me têm dito: depois de ler «Teu Para Sempre», nunca mais irá olhar para o seu cão da mesma forma»



W. Bruce Cameron nasceu em Petoskey, no Michigan, e sempre quis ser escritor. A sua primeira história foi publicada quando tinha apenas 16 anos, no Kansas City Star. 
Depois de concluir os estudos em Westminster College, Cameron decidiu trabalhar como escritor freelancer e, para se sustentar enquanto se dedicava à escrita, teve diversos outros empregos. 
Depois de ter escrito 8 livros não publicados, Cameron começou a escrever uma coluna on-line, que teve imenso sucesso e vários seguidores. Desta forma, em 1998, Cameron mostrou as suas colunas ao Rocky Mountain News, onde começaram a ser publicadas semanalmente. 
Uma das suas colunas serviu de base para a escrita de um livro (8 Simple Rules for Dating my Teenage Daughter). Este seria publicado em 2001, chegando ao 14º lugar na tabela de bestsellers no New York Times. 
A paixão de Bruce por cães resultou na publicação de mais dois livros - um deles publicado em Portugal: «Teu Para Sempre». 
Divorciado mas atualmente numa relação séria, Cameron continua a escrever na sua coluna, frequentemente sobre os seus três filhos - o que eles odeiam. …



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