0 ~ A Confissão da Leoa ~ de Mia Couto
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Mia Couto
«Um acontecimento real - as sucessivas mortes de pessoas provocadas por ataques de leões numa remota região do norte de Moçambique - é pretexto para Mia Couto escrever um surpreendente romance. Não tanto sobre leões e caçadas mas sobre homens e mulheres vivendo em condições extremas.
«A Confissão da Leoa» é bem um romance à altura de «Terra Sonâmbula» e «Jerusalém», já conhecidos do leitor português.»
- Autor: Mia Couto
- Editor: Caminho (2012)
- Páginas: 272
- Cotação: 5!
A Minha Opinião:
Na sua mais recente obra, o escritor moçambicano Mia Couto parte de uma história real e com consequências dramáticas, levando-nos numa viagem de reflexão e observação sobre as condições extremas em que estas pessoas vivem no seu quotidiano, o impacto que a guerra colonial teve e os efeitos que continua a exercer, a forma como a cultura e tradição deste povo, marcadas por um carácter supersticioso, condiciona as suas decisões e acções, dominando a forma como interpretam o que os rodeia.
Em «A Confissão da Leoa» temos acesso a dois pontos de vista: Mariamar e Baleiro, que se revezam e complementam no relato da história central, acrescentando os seus receios pessoais, motivos e angústias, dando-nos também a conhecer episódios do seu passado.
Tudo isto é realizado com e manobrado de forma magnífica e muito inteligente por Mia Couto, traduzindo-se num livro bonito e simples que, embora por vezes confuso, pouco óbvio e surrealista, guarda em si muita sabedoria camuflada.
Todo o livro segue de forma muito intrigante, prendendo o interesse do leitor. Penso, contudo, que o fim está fracamente consolidado e ligeiramente apressado. Também a linguagem de Mia nos troca por vezes o passo, quebrando o ritmo da leitura, mas nenhum destes pontos menos positivos chega para tirar as mais do que merecidas cinco estrelas a este livro.
Mia Couto escreve-nos como já muito poucos o fazem!
Em «A Confissão da Leoa» temos acesso a dois pontos de vista: Mariamar e Baleiro, que se revezam e complementam no relato da história central, acrescentando os seus receios pessoais, motivos e angústias, dando-nos também a conhecer episódios do seu passado.
Tudo isto é realizado com e manobrado de forma magnífica e muito inteligente por Mia Couto, traduzindo-se num livro bonito e simples que, embora por vezes confuso, pouco óbvio e surrealista, guarda em si muita sabedoria camuflada.
Todo o livro segue de forma muito intrigante, prendendo o interesse do leitor. Penso, contudo, que o fim está fracamente consolidado e ligeiramente apressado. Também a linguagem de Mia nos troca por vezes o passo, quebrando o ritmo da leitura, mas nenhum destes pontos menos positivos chega para tirar as mais do que merecidas cinco estrelas a este livro.
Mia Couto escreve-nos como já muito poucos o fazem!
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