0 Até os Cães | Opinião
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Romance
É através das histórias deste coro de fantasmas que vamos conhecendo a vida passada de dependência e marginalidade de Robert, o falecido, e de todos aqueles que, cruzando-se com ele, pertenceram ao seu microcosmos de esperança e desilusão, de caos e indiferença, e de amor destruído em prol de uma necessidade maior.
Intenso, alucinante e escrito com fúria, Até os Cães é uma exploração íntima e destemida da vida nas franjas da sociedade, uma viagem carregada de amor, perda, desespero e uma esperança constante na redenção.
Autor: Jon McGregor
Editor: Elsinore (Junho, 2019)
Género: Romance
Páginas: 224
Original: Even the Dogs (2010)
International Dublin Literary Award
Jon McGregor escreve sem hipocrisia, sem enfeites nem desculpas, num estilo único e muito próprio que - levado a termo de forma brilhante - transforma o relato de uma triste realidade contemporânea numa narrativa extraordinária.
A mesma essência, a mesma falta de esperança e falta de rumo atravessa as diversas perspectivas que vão sendo apresentadas ao longo do livro, uniformizando e colmatando a história, criando um coro harmonioso de vozes que, embora diferentes, se complementam umas às outras na perfeição. São as vozes de pessoas que, muito propositadamente, a sociedade finge não ver nas ruas, prefere culpar completamente pelo destino que «escolheram» e que muito pouco faz para ajudar realmente.
Longe de sentimentalismos e muitas vezes impiedosamente honesto, o escritor consegue comover-nos ainda com maior impacto ao confrontar-nos com o desespero da brutal realidade. De forma fracturada, difusa e caótica vamos conhecendo estas personagens, os motivos que as levaram a optar por uma existência sedada, como ficam reféns da mesma e as derradeiras consequências das suas escolhas.
A mesma essência, a mesma falta de esperança e falta de rumo atravessa as diversas perspectivas que vão sendo apresentadas ao longo do livro, uniformizando e colmatando a história, criando um coro harmonioso de vozes que, embora diferentes, se complementam umas às outras na perfeição. São as vozes de pessoas que, muito propositadamente, a sociedade finge não ver nas ruas, prefere culpar completamente pelo destino que «escolheram» e que muito pouco faz para ajudar realmente.
Longe de sentimentalismos e muitas vezes impiedosamente honesto, o escritor consegue comover-nos ainda com maior impacto ao confrontar-nos com o desespero da brutal realidade. De forma fracturada, difusa e caótica vamos conhecendo estas personagens, os motivos que as levaram a optar por uma existência sedada, como ficam reféns da mesma e as derradeiras consequências das suas escolhas.
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