0 Porquê a Guerra? | Opinião
Etiquetas:
4 estrelas,
Albert Einstein,
Opinião,
Sigmund Freud
Autor: Sigmund Freud e Albert Einstein
Editor: Cultura Editora
Género: Epístolas e Cartas
Páginas: 72
Original: Warum Krieg? (1933)
opinião
★★★★☆
«Entre um passado de violência extrema e o devir de uma paz duradoura, Einstein e Freud pensaram a natureza bélica do homem» (pág. 14)
O livro Porquê a Guerra deixou-me dividida entre genuíno interesse pelo seu conteúdo e a sensação de ter sido induzida em erro pela contracapa. Isto porque este «diálogo escrito sobre os instintos violentos do homem» trata-se na realidade de uma carta de Einstein dirigida a Freud, da resposta deste último ao seu remetente e do comentário escrito pelo professor universitário Felipe Pathé Duarte (que constitui mais de metade do livro)…
A troca de ideias entre Einstein e Freud ocorre antes da criação de uma organização supranacional que emitisse julgamentos de autoridade incontestáveis, no pós-Primeira Guerra Mundial. Einstein coloca a questão: existe alguma forma de livrar a humanidade da ameaça da guerra? e Freud trabalhou a sua melhor resposta em volta desta dúvida.
A ideia de acabar de uma vez por todas com a guerra é, no mínimo, ingénua. Monopolizado pelo Estado desde o século XVII, o conflito armado tem como ponto de partida as relações internacionais, tratando-se de uma prossecução da Política por outros meios. Freud explora o instinto destrutivo do Homem e conclui que uma entidade mantém-se unida por força coerciva da violência e de laços emocionais, pelo que uma comunhão de sentimentos e identificações é a forma de contrariar a guerra.
Desde os conflitos que Einstein e Freud conheceram, temos vindo a observar a evolução da forma de fazer a guerra, conforme os avanços tecnológicos o permitem. Felipe Pathé Duarte alerta para «uma guerra sem emoções, uma guerra sem envolvimento humano», em que o soldado, longe do campo de batalha, é afetado pela dissociação e dessensibilização em relação à violência armada.
View all my reviews
★★★★☆
«Entre um passado de violência extrema e o devir de uma paz duradoura, Einstein e Freud pensaram a natureza bélica do homem» (pág. 14)
O livro Porquê a Guerra deixou-me dividida entre genuíno interesse pelo seu conteúdo e a sensação de ter sido induzida em erro pela contracapa. Isto porque este «diálogo escrito sobre os instintos violentos do homem» trata-se na realidade de uma carta de Einstein dirigida a Freud, da resposta deste último ao seu remetente e do comentário escrito pelo professor universitário Felipe Pathé Duarte (que constitui mais de metade do livro)…
A troca de ideias entre Einstein e Freud ocorre antes da criação de uma organização supranacional que emitisse julgamentos de autoridade incontestáveis, no pós-Primeira Guerra Mundial. Einstein coloca a questão: existe alguma forma de livrar a humanidade da ameaça da guerra? e Freud trabalhou a sua melhor resposta em volta desta dúvida.
A ideia de acabar de uma vez por todas com a guerra é, no mínimo, ingénua. Monopolizado pelo Estado desde o século XVII, o conflito armado tem como ponto de partida as relações internacionais, tratando-se de uma prossecução da Política por outros meios. Freud explora o instinto destrutivo do Homem e conclui que uma entidade mantém-se unida por força coerciva da violência e de laços emocionais, pelo que uma comunhão de sentimentos e identificações é a forma de contrariar a guerra.
Desde os conflitos que Einstein e Freud conheceram, temos vindo a observar a evolução da forma de fazer a guerra, conforme os avanços tecnológicos o permitem. Felipe Pathé Duarte alerta para «uma guerra sem emoções, uma guerra sem envolvimento humano», em que o soldado, longe do campo de batalha, é afetado pela dissociação e dessensibilização em relação à violência armada.
View all my reviews
Clique em
"Curtir"
se gostou deste post. Ajuda muito! :)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário