0 O Que Ando a Ler . . .
5★
Os meus preferidos deste conjunto de leituras mais recentes não têm nada a ver um com o outro - excepto eu ter adorado lê-los!
O Castelo não é uma leitura fácil e não é um trabalho que eu recomende livremente; não é livro que agrade a todos. É triste, cansativo, melancólico, aborrecido, complexo, confuso, solitário, indefinível, furioso, frustrado. É Kafka... e não é para o gosto de todos. É exigente, demanda o nosso empenho e concentração... e não está disposto a deixar-nos mesmo com o volver da última página. Fica connosco.
Já em relação a Bons Sonhos, Meu Amor não vejo leitora que possa não gostar: é absolutamente fantástico! Koomson tem vindo a escrever livros muito bons e este está definitivamente entre os meus preferidos porque entrei em completa sintonia com os personagens e com o drama que estes viviam. A história, já de si interessante, avança de forma bem ponderada e satisfatória até ao final. Gostei muito!
4★
Terra Sonâmbula e São Manuel Bom, Mártir deixaram-me a pensar na mensagem que pretendem transmitir por algum tempo. No primeiro, Mia Couto fala-nos, como só ele sabe, sobre as atrocidades e brutalidade da guerra. Inúmeras metáforas servem para criar ora imagens terríveis ora imagens muito bonitas, servindo-se do folclore da terra para criar a atmosfera ideal, mítica. Tanto simbolismo não vem sem grande ambiguidade, pelo que a interpretação do texto pode ser, por vezes, desafiante... mas muito compensatória.
Por sua vez, em São Manuel Bom, Mártir Miguel de Unamuno recorre a uma prosa muito simples para colocar a fé em perspectiva... Mesmo sendo a religião o proverbial ópio do povo não exercerá uma influência positiva nos crentes? Ou será melhor a completa desilusão e falta de esperança, um quotidiano marcado pela certeza de que nascemos para morrer.
Mas quando é para descontrair e deixar-me embalar por uma boa história, narrada com excelência, Nora Roberts e Julia Quin estão no topo da minha lista! Os Bridgerton Felizes para Sempre simboliza a derradeira despedida desta família que nos tem vindo a encantar livro após livro. Julia Quin dá-nos a oportunidade de revisitar os personagens desta série e recordar as histórias de cada um deles.
Com o bom humor de sempre, esta é uma conclusão mais do que perfeita para a série. Como já é habitual, em A Filha das Estrelas, Nora Roberts mistura romance com mistério numa história fantástica.
... E por falar em mistério, tanto O Apelo do Anjo como O Carrasco do Medo têm o dom de nos manter interessadíssimos na sua resolução até ao fim! Para mim, O Apelo do Anjo é muito mais interessante do que o título ou a capa deixam adivinhar! A investigação torna-se cada vez mais séria, as implicações cada vez mais profundas e a sucessão de desenvolvimentos inesperados, compele-nos à leitura.
Para mim foi impossível ler O Carrasco do Medo sem reagir fisicamente - sinto que passei uma boa parte do livro a fazer caretas e a mexer-me desconfortavelmente no assento. Não há dúvida que Chris Carter consegue misturar suspense e acção na medida certa, envolvendo o leitor. Além do interesse pela história central, vi-me também curiosa com a história pessoal de Robert, sobre a qual temos mais algumas pistas.
3★
Doce Carícia é o relato de vida de Amory Clay, uma vida marcada tanto pelo gosto pela fotografia como pela guerra. Gostei muito da história de Amory mas preferia vê-la narrada de forma menos factual e mais sentimental. William Boyd passa superficialmente pela história de Amory e eu gostaria de a ver mais aprofundada; assim, não negando admiração pela protagonista, não posso dizer que tenha sentido qualquer ligação com a personagem, o que certamente prejudica um livro deste género em que o nosso interesse na narrativa depende directamente do nosso interesse no protagonista da mesma.
Alyson Noël criou em Sem Igual um mistério muito interessante. Apesar de na sua base estar a corriqueira 'busca pelo criminoso' no meio de vários suspeitos, o enredo é conduzido com originalidade. O tom contemporâneo - embora mais imaturo do que costumo apreciar - assenta lindamente no contexto do livro e complementa-o com a sua perspicácia. Assim, ultrapassado o meu cepticismo inicial em relação ao enredo, acabei por acompanhar este livro com grande interesse e terminei-o extremamente curiosa em relação ao próximo!
George Carlin é um dos meus comediantes favoritos! Já perdi a conta às horas que passei a ver e rever os seus vídeos no Youtube. Não resisti, por isso, a comprar Quando é que Jesus Traz as Costeletas? assim que o vi; no entanto, e apesar de ter gostado do livro, senti falta do carisma de Carlin, da forma como verbalizava as suas ideias e proferia as piadas.
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