mai022016
0 As Minhas Leituras | Abril 2016
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★★★★✩
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Tive ainda tempo para me deixar encantar pela ternura e originalidade do romance Tim (o meu primeiro livro de Colleen Hoover e para me desiludir (outra vez!) com a série Hacker de Meredith Wild. Também esperava mais de A Carícia do Assassino, que me desiludiu no final, e de O Livro de Aron pela apatia (propositada) do protagonista.
...a época dos excessos...
Desde que li O Grande Gatsby (que estou a ler novamente) que orbito em torno de F. Scott Fitzgerald e das suas magníficas descrições e prosa cuidada. O único livro de Fitzgerald com que me cruzei até à data e que diria não gostar é The Bowl.

Também gostei muito da mensagem de The Ice Palace, uma curta história sobre a nossa inclinação para querer mais sem dar valor ao que já temos; de nunca nos considerarmos satisfeitos e de continuarmos a desejar aquilo que nos é, afinal de contas, desconhecido. E se é verdade que esta característica nos pode levar mais longe e promove a evolução nas nossas vidas também é verdade que, tal como Sally, acabamos muitas vezes desiludidos com que aquilo que passámos tanto tempo a ambicionar.
Em May Day saltamos de perspectiva em perspectiva, escoltando personagens com experiências de vida muito diferentes, reunidas no desorientado e eufórico ambiente do pós-guerra, no início dos anos 20. Com um final muito forte, o compadecimento pela tragédia em May Day não nos é instintivo e o seu impacto pode passar-nos ao lado devido à fraca ligação aos personagens. No entanto, após alguma ponderação sobre o livro como um todo, é possível que acabemos por alterar esta primeira concepção.
Não é fácil encontrar traduções dos contos de Fitzgerald, com excepção dos mais conhecidos como O Estranho Caso de Benjamin Button; portanto optei por comprar um livro que reúne vários contos.
... terror Lovecraftiano...

Durante o mês de Abril li He, Cool Air, The Colour Out of Space - um dos contos de Lovecraft que mais me absorveu - e aquele que é um dos seus trabalhos mais famosos, The Call of Cthulhu.
Tristemente, vemos este amor ser olhado com desconfiança e desaprovação. Gostei muito desta história, adorei os personagens e a escrita irrepreensível da autora favoreceu imenso o livro.
... homicídios macabros...
Gostei muito de ler O Assassino do Crucifixo e fiquei muito entusiasmada em relação a esta série. Não me incomoda a violência presente em algumas das cenas e gostei da alternância entre tensão e algum romance, felizmente não do tipo lamechas e sem ocupar demasiado tempo à investigação - apenas o suficiente para desanuviar.
As tentativas do escritor para nos desviar da solução são bastante válidas e adicionam ainda mais interesse ao livro. Hunter é um personagem intrigante, com sentido de humor; um tipo aparentemente descontraído mas que carrega muito peso às costas, tentando viver um dia de cada vez e ultrapassar um pesadelo de cada vez. É um daqueles personagens que ficamos com curiosidade de ver desenvolvido e de conhecer melhor.
...a nossa História...
Não exaustivo, este livro foca-se nas partes "mais importantes", deixando de lado alguns pormenores que, embora importantes, podem tornar a leitura mais aborrecida - especialmente num livro de 720 páginas...
Um óptimo livro, generalizado e que pertence ao Plano Nacional de Leitura, a complementar mais tarde com outras leituras mais específicas.
... a psicologia da vítima...
A Carícia do Assassino deixou-me muito curiosa logo desde o início. A inclusão de um advogado de defesa de animais e de uma preocupação genuína pelo destino destes cães traz alguma originalidade ao livro. O enredo aprofunda-se e torna-se sucessivamente mais interessante a cada nova revelação.
É muito fácil simpatizar com a protagonista deste livro não apenas pelos problemas que enfrenta no presente mas também pelos episódios traumáticos que viveu no passado e pela sua dedicação e solidariedade para com os animais. Além disso, os seus conhecimentos sobre psicologia criminal são muito interessantes.
Infelizmente, quando a história se começou a revelar, perto do final, o meu interesse por ela diminuiu bastante. O potencial do livro acabou por não se concretizar como eu esperava e acabei por ficar um bocadinho desiludida: não gostei especialmente do desfecho, mas gostei do percurso até lá chegar.
... a vida nos guetos judaicos...

Este livro não é realmente sobre Aron mas sim sobre as crianças apanhadas no Holocausto e sobre o homem que se recusou a deixá-las para trás - assim sendo, tendo escolhido outro ponto de vista/narrador, penso que o escritor teria sido mais bem sucedido.
Em Atracção Magnética, primeiro livro da série Hacker, incomodou-me a falta de história - pelo menos de história que merecesse efetivamente ser contada; em Ligação Explosiva, depois de começar a ficar animada pela existência de enredo que se "visse", acabei desiludida pela falta de coerência do mesmo. O romance entre Erica e Blake continua muito imaturo, demasiado centrado no sexo e na aparência física de cada um.
Posto isto, a única coisa em que me pareceu que a escritora se aplicou realmente e que considero que fez com competência (daí que este livro esteja tão bem cotado…) foi na criação de tensão sexual e na descrição de cenas eróticas; cenas estas que lamentavelmente servem para o casal ignorar os verdadeiros problemas das suas vidas e da sua relação. Parece-me, que se estas são as únicas cenas que merecem ser lidas, mais valia a autora dedicar-se à escrita de pequenos contos eróticos e poupar-nos a enredos absurdos que se destinam apenas a ladear o que "realmente interessa"...
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