0 Uma Questão de Conveniência | Opinião
Etiquetas:
3 estrelas,
Romance,
Sayaka Murata
Autor: Sayaka Murata
Editor: Dom Quixote (Fevereiro, 2019)
Género: Romance
Páginas: 168
opinião
★★★☆☆
Uma Questão de Conveniência by Sayaka Murata
My rating: 3 of 5 stars
Keiko sempre foi considerada estranha pelos colegas e familiares. Assim, e não sem se ver como protagonista de umas quantas situações menos felizes antes disso, ela decide falar o mínimo possível; deixar de fazer o que quer que seja por iniciativa própria e apenas imitar os outros, assimilando cada som e cada gesto.
Ser um Funcionário da loja de conveniência é, para ela, a única coisa que a tona um ser humano normal, “uma peça na engrenagem do mundo” e quando dá por isso está a trabalhar há 18 anos como funcionária temporária. Keiko é uma “desajustada”, uma introvertida, num mundo em que toda a gente tem uma opinião a dar (ainda que não solicitada).
Uma Questão de Conveniência reflete como vivemos de acordo com as expectativas dos outros, como moldamos a nossa vida conforme o que é suposto – aos 30 anos a carreira deve estar definida, o casamento já deve ter acontecido, a mulher deve ter um filho nos braços e o homem deve conseguir sustentar a sua família. Mas e se não quisermos nada disto? E se quisermos viver a nossa vida da forma que nos apetecer? Nesse caso somos julgados, comentados, censurados. Somos postos de lado. Somos “estranhos”.
Tal como a protagonista, passamos demasiado tempo a arranjar desculpas, a tentar justificar-nos e a tentar explicar aos outros porque é que a nossa vida não é como eles pensam que deveria ser.
Este é um livro divertido e simples, a tender para o bizarro, mas muito pertinente na ideia que pretende transmitir. A escritora esteve muito bem em fazê-lo pequeno; transmite aquilo que pretende transmitir e termina logo em seguida, antes de se tornar repetitivo.
Não somos todos iguais e não deveríamos ter que nos esforçar – comprometendo muitas vezes a nossa vontade – para parecer que somos.
Frases Preferidas
My rating: 3 of 5 stars
Keiko sempre foi considerada estranha pelos colegas e familiares. Assim, e não sem se ver como protagonista de umas quantas situações menos felizes antes disso, ela decide falar o mínimo possível; deixar de fazer o que quer que seja por iniciativa própria e apenas imitar os outros, assimilando cada som e cada gesto.
E foi assim, sempre com a ideia de que precisava de me curar de alguma coisa, que me fui tornando adulta – p. 20
Ser um Funcionário da loja de conveniência é, para ela, a única coisa que a tona um ser humano normal, “uma peça na engrenagem do mundo” e quando dá por isso está a trabalhar há 18 anos como funcionária temporária. Keiko é uma “desajustada”, uma introvertida, num mundo em que toda a gente tem uma opinião a dar (ainda que não solicitada).
Uma Questão de Conveniência reflete como vivemos de acordo com as expectativas dos outros, como moldamos a nossa vida conforme o que é suposto – aos 30 anos a carreira deve estar definida, o casamento já deve ter acontecido, a mulher deve ter um filho nos braços e o homem deve conseguir sustentar a sua família. Mas e se não quisermos nada disto? E se quisermos viver a nossa vida da forma que nos apetecer? Nesse caso somos julgados, comentados, censurados. Somos postos de lado. Somos “estranhos”.
Tal como a protagonista, passamos demasiado tempo a arranjar desculpas, a tentar justificar-nos e a tentar explicar aos outros porque é que a nossa vida não é como eles pensam que deveria ser.
Este é um livro divertido e simples, a tender para o bizarro, mas muito pertinente na ideia que pretende transmitir. A escritora esteve muito bem em fazê-lo pequeno; transmite aquilo que pretende transmitir e termina logo em seguida, antes de se tornar repetitivo.
Não somos todos iguais e não deveríamos ter que nos esforçar – comprometendo muitas vezes a nossa vontade – para parecer que somos.
Frases Preferidas
O padrão do mundo é rígido e os
corpos estranhos são eliminados sem alarde. Os seres humanos fora do padrão
acabam por ser ajustados e corrigidos – 83
As pessoas falam muito sobre a
sociedade moderna, o individualismo, mas se alguém não se esforça por fazer
parte da aldeia é um estorvo e acaba por ser pressionado por todos, acabando
expulso – 91
Clique em
"Curtir"
se gostou deste post. Ajuda muito! :)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário