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Wook.pt - Maria Stuart

Maria Stuart é uma obra biográfica da autoria do notável escritor Stefan Zweig sobre a rainha da Escócia (1542-1587), também rainha consorte de França entre 1559-60 e pretendente ao trono inglês, enquanto descendente de Henrique VII. Condenada por traição e presa durante 22 anos por ordem de sua prima Elizabeth I, rainha de Inglaterra, Maria Stuart ascendeu ao trono com apenas seis dias de idade e viveu uma vida repleta de intrigas políticas.


Autor: Stefan Zweig
Editor: Alêtheia Editores (2015)
Género: Biografia
Páginas: 320
Original: Maria Stuart (1935) 



opinião
★★★★☆

“Nada contribuiu mais para colocar Maria Stuart no plano da lenda do que a injustiça sofrida; nada diminuiu tanto moralmente Isabel como não ter querido mostrar-se grande num grande momento” – 269

A beleza da lenda de Maria Stuart vence a realidade e impressiona-nos até aos dias de hoje. Desde sempre prisioneira da política e da diplomacia, mais corajosa que sensata, Maria Stuart tomou decisões imprudentes que, aliadas à incompetência ou vilania dos que a rodeavam, acabaram por colocá-la em situações, no mínimo, muito indignas.

Através de uma prosa trabalhada, fácil de acompanhar, Stefan Zweig contempla neste livro a vida de Maria Stuart desde o nascimento até à morte. Dando-nos uma opinião muito honesta, destaca as qualidades de ambas as rainhas, condena os seus defeitos e comenta a viabilidade das provas apresentadas tanto a favor como contra Maria Stuart, mas sem que nos aborreça com pormenores desnecessários, o que contribui para o tom enérgico do livro, pouco usual numa biografia.

Frases Preferidas:
“a razão e a política raramente seguem o mesmo caminho e talvez sejam estas possibilidades falhadas que dão à história o seu carácter dramático” – 47

“A imprudência e a coragem marcham quase sempre a par, como o perigo e a virtude, como o inverso e o reverso de uma medalha: só os cobardes e os timoratos tremem com a aparência duma falta e procedem com cálculo e premeditação” – 117

“As naturezas mais cobardes são sempre as mais ferozes quando se sentem apoiadas” – 119

“Um ódio que sabe calar-se, é ainda mais perigoso que uma ameaça aberta” – 123

“Aquilo que se escreve com tinta, pode ser apagado com sangue” – 203

“Antes um fim com pavor do que o pavor sem fim” – 208


“E sempre a coroa exerce uma fascinação que dá coragem mesmo aos cobardes, que torna ambiciosos os mais indiferentes e loucos os mais reflectidos” – 263



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