A presunção e pomposidade ofensiva deste cretino, C. Mortdecai, é hilariante. Observações corrosivas e descrições exageradas são enriquecidas com imensas referências literárias e culturais num livro cujo «único» problema é mesmo o enredo.

Pareceu-me que, ao partir de personagens e situações são comicamente disparatadas, o autor se colocou no enorme sarilho de tentar terminar o livro com alguma lucidez e credibilidade.

Com a aproximação do final, tanto personagem e linha de argumento se perdem e nem todo o carisma de Mortdecai é suficiente para salvar a situação: o fim é tremendamente insatisfatório.

Adorei, no entanto, a primeira parte do livro, e é por isso que estou curiosa com os seguintes.