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0 Um Amigo para o Inverno

A revisitação de uma história verdadeira, mas quase desconhecida, do nosso passado recente.

O sargento Francisco Aniceto Gonçalves chega em 1971 à Vila para chefiar o Posto da GNR. Durante a viagem de camioneta, pensou sobretudo na mulher que o abandonou sem um motivo que ele conseguisse compreender e perguntou-se se seria capaz de refazer a vida nesse novo lugar. A sua presença é, porém, imediatamente disputada por dois grupos distintos, que o alertam - à vez e de formas bastante enviesadas - para os perigos que se escondem sob a aparente quietude das montanhas em redor. E o aviso ganha especial sentido quando Rogério Afonso é assassinado na sequência de quezílias relacionadas com o roubo de águas, mas que, a seu tempo, o sargento descobrirá terem raízes num conflito muito mais antigo. 
A descoberta ajudá-lo-á também, curiosamente, a desvendar o mistério da sua própria vida. Entre os anos 1950 e a actualidade, Um Amigo para o Inverno revisita a história recente do nosso passado colectivo, recorrendo a um leque de personagens inesquecíveis, entre as quais se contam membros de uma célula clandestina do Partido Comunista, agentes da PIDE, homens e mulheres que se encontram ou perdem no amor, revolucionários que desistem dos seus sonhos e fracassados que, apesar de tudo, acreditam que é sempre possível recomeçar e vencer. 
Belo, profundo e comovente, o presente romance, baseado numa história verdadeira de resistência à ditadura no Norte do País, foi finalista do Prémio LeYa em 2012.

Autor: José Carlos Barros
Editor: Casa das Letras (4 de Junho, 2013)
Género: Romance
Páginas: 192

Sobre o Autor...
José Carlos Barros nasceu em Boticas, em 1963. É licenciado em Arquitectura Paisagista pela Universidade de Évora e vive em Vila Nova de Cacela, Algarve. 
É autor dos livros de poesia Uma Abstracção Inútil, Todos os Náufragos,Teoria do Esquecimento, Pequenas Depressões (com Otília Monteiro Fernandes), As Leis do Povoamento. Com Sete Epígonos de Tebas venceu o Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama 2009. 
Em 2003 estreou-se na prosa com O Dia em Que o Mar Desapareceu. Venceu vários prémios literários (com destaque para o Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama, que lhe foi atribuído duas vezes) e os seus textos poéticos estão publicados em vários países. O Prazer e o Tédio é o seu primeiro romance.

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