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Caim

My rating: 4 of 5 stars

O último livro de José Saramago.

Sem dúvida que atraiu muitas atenções… e não se livrou do mediatismo ao qual uma obra deste «tipo» está sempre vinculada.

«Caim» não é dos melhores trabalhos de José Saramago mas permite-nos aceder um bocadinho à brilhante mente que foi a sua e fundamentar algumas das suas próprias ideologias relativas à religião, nomeadamente, a católica.

Referindo-se aos principais representantes da igreja católica, passados e presentes, (e quiçá futuros…) basicamente como uma cambada de intrujões, Saramago põe em questão os ensinamentos da bíblia cristã, avaliando algumas das suas passagens através de um outro ângulo, bastante sugestivo e carregado de ironia.

O tom zombeteiro e a forma direta com que é feita esta exposição, chega a tornar o livro bastante divertido o que, aliado ao seu pequeno tamanho, faz com que a leitura chegue ao fim demasiado depressa.


Livro recomendado para o 6º ano de escolaridade, destinado a leitura autónoma e leitura com apoio do professor ou dos pais.

Quem diabo é este Deus que, para enaltecer Abel, despreza Caim? 
Se em O Evangelho Segundo Cristo José Saramago nos deu a sua visão do Novo Testamento, emCaim regressa aos primeiros livros da Bíblia. Num itinerário heterodoxo, percorre cidades decadentes e estábulos, palácios de tiranos e campos de batalha pela mão dos principais protagonistas do Antigo Testamento, imprimindo ao texto o humor refinado que caracteriza a sua obra. 
Caim revela o que há de moderno e surpreendente na prosa de Saramago: a capacidade de fazer nova uma história que se conhece do princípio ao fim. Um relato irónico e mordaz no qual o leitor assiste a uma guerra secular, e de certa forma, involuntária, entre o criador e a sua criatura.

Editor: Caminho (2009)
Páginas: 182
Cotação: 4!
       


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