0 Pura Malícia
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4 estrelas,
Jill Mansell
Sinopse:
«Não é que Janey não tenha ficado feliz por ver a irmã, mas ser acordada às sete da manhã por Maxine, trajada de noiva e com escolta policial, não foi bem a maneira como planeara começar o seu domingo. Contudo, a vida nunca é entediante quando Maxine está por perto e Janey, a reconstruir a vida após o desaparecimento do marido, fica encantada com o regresso da irmã.
As coisas só começam a aquecer quando Maxine põe a vista em Guy Cassidy, um fotógrafo de moda tão competente quanto deslumbrante - é que Janey sabe que não há limites para as tropelias que a irmã vai fazer para destruir a concorrência.
O que elas não sonham é que a concorrência está mais perto de casa do que imaginam…»
Género: Comédia Romântica
Editora: Chá das Cinco (2011)
Título Original: Sheer Mischief
N.º de Páginas: 352
Cotação:
A Minha Opinião:
Dentro do seu género, Pura
Malícia é definitivamente um livro 4 estrelas…mas se comparado com a
generalidade então somos obrigados a baixá-lo para 3 pela relativa falta de
originalidade, simplicidade e leveza de conteúdo.
Mais uma vez, Jill concede-nos o prazer de apreciar uma
leitura burlesca e cheia de peripécias cómicas que constituem uma história
romanceada - muito ao estilo Mansell.
De leitura leve e prazerosa, muito longe de
aborrecido, este livro dá-nos a conhecer duas irmãs muito diferentes entre si
mas igualmente hilariantes. A elas, junta-se um elenco de personagens muito
interessantes, que despertam a nossa empatia (…bem…nem todas…) e que, cada um à
sua maneira, colaboram para o desenrolar da história principal. Até as crianças
presentes na narrativa fazem o seu pequeno contributo, tornando as situações
ainda mais deliciosamente caricatas.
Jill não perde tempo - o ritmo do livro corre de forma
estimulante e, por vezes, inesperado. Surgindo sempre situações novas para
somar à confusão central.
Desde o início do livro, quando nos cruzamos a meio da noite
com Maxine vestida de noiva a tentar atestar o carro sem ter um tostão na
carteira (Okay…ela nem a carteira tinha!), apercebemo-nos de que o livro vai
ser, no mínimo, interessante!...
Contudo, e apesar de o final ser bastante agradável, parece
ter sido composto de uma assentada - à pressa - centrando-se apenas em Guy e
Janey. É comum que Jill Mansell baseie a história apenas na narrativa de como
um casal acabou por ficar junto e pouco mais a partir daí, mas ao levar-nos a
ganhar afeição a Maxine, deixa-nos pendurados no final a querer saber mais
sobre o que lhe aconteceu, sobre os seus sentimentos acerca da reviravolta
final da sua vida. Isto, claro, apesar de Janey ser claramente a protagonista -
e esta é uma grande falha da edição portuguesa deste livro: na capa não figura
Janey mas sim uma representação de Maxine (cabelo loiro compridíssimo,
magrérrima e lindíssima). Mas pelo menos é uma capa bem mais bonita que a
original!
Este é um daqueles livros que gostaríamos de recomendar mas
nem sabemos bem como o fazer porque a história não é, só por si, nada de
extraordinário…é a composição fenomenal do livro que nos cativa. Portanto alegar
que «só lendo…» (enquanto exibimos distraidamente um sorriso nostálgico ao
recordar as mais infames peripécias deste livro), parece-me ser a melhor
solução para este caso!
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